Objetivo/Contexto:

neste texto, são analisados os debates da assembleia que antecederam a dissolução do primeiro Congresso Constituinte mexicano em 1822. A pesquisa se concentra em examinar o contexto ideológico que deu origem à ideia de dissolução, verificando que linguagem e argumentos foram usados para defender ou questionar a continuid ade do órgão representativo nacional do primeiro Império.

Metodologia:

para isso, são estudadas as atas do Congresso desde o final de agosto de 1822, quando ocorreram as conspirações “republicanas” contra o governo de Agustín de Iturbide, até sua abolição no final de outubro. Os procedimentos são contextualizados dentro das correntes de pensamento liberal que alimentaram os debates políticos da época por meio de seu diálogo com diferentes publicações contemporâneas.

Originalidade:

embora o número de estudos de pesquisa sobre o período coberto pelo primeiro Império Mexicano tenha aumentado graças à celebração do bicentenário da Independência, ainda há um longo caminho a percorrer para entender como foi forjada a base teórica que articulou uma monarquia constitucional como o primeiro projeto de um Estado-Nação no México. Por meio de fontes que ainda não foram exploradas para a análise do tema proposto e de uma reflexão que dialoga com as últimas contribuições historiográficas, a análise do pensamento político que buscou imaginar um império com base no liberalismo político no início do século 19 é explorada em profundidade.

Conclusão:

o que resta como conclusão é que a ideia de dissolução, longe de ser uma decisão unilateral por parte do governo de Iturbide (uma ideia amplamente defendida pela historiografia), foi construída e implementada por meio de um diálogo entre diferentes facções e interesses políticos. E que sua argumentação foi sempre mantida nos trilhos das novas linguagens constitucionais.

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