Objetivo/contexto:

este artículo explora, desde la perspectiva de la historia cultural, las representaciones sociales producidas por la prensa en torno a la homosexualidad en Antioquia durante la segunda mitad del siglo xx. Con esto se propone aproximarse a la figura del monstruo sexual, el homosexual ridículo, el “marica” infeccioso, el individuo explicable por la ciencia, y el sujeto que conquista su ciudadanía y disputa sus derechos.

Metodología:

se identificaron los discursos y representaciones de la homosexualidad en los periódicos Sucesos Sensacionales y El Colombiano, y en el radioperiódico El Clarín; se construyó una matriz interpretativa cruzando elementos culturales del contexto con las representaciones periodísticas.

Originalidad:

el lapso 1960-2000 corresponde a un periodo inexplorado sobre el tema. Su revisión se articula con la observación de representaciones previas y paralelas a los procesos de liberación homosexual y de conquista de derechos: las décadas de 1960-1970, la emergencia del vih/sida en 1980 y la aparición de una serie de organizaciones sociales alrededor de la lucha antisida en la década de 1990, acompañada de la senda jurídico-política trazada por movimientos sociales.

Conclusiones:

durante este periodo emerge un sujeto homosexual que, además de ser esbozado por los medios de comunicación, empieza a postular una imagen de sí mismo que tensiona el campo de las representaciones. Pese a señalar cambios asociados con las libertades y los derechos, las novedades en la prensa -influenciadas por contextos internacionales y locales, y disputadas por prácticas cotidianas que reivindicaban las disidencias de sexo/género-, plantean también una contrarrespuesta conservadora que reinstala antiguos fantasmas y prejuicios. Así, esta no es una historia lineal y progresiva que parte de la oscuridad a la luz, es decir, que inicia en un pasado oscuro de violencia y negación, y transita hacia la conquista de derechos, sino que refleja diversas continuidades y simultaneidades en la representación de la homosexualidad.

Objective/Context:

This article explores, from the perspective of cultural history, the social representations produced by the press about homosexuality in Antioquia (Colombia) during the second half of the twentieth century. In doing so, it aims to approach the figure of the sexual monster, the ridiculous homosexual, the infectious “faggot”, the individual explainable by science, and the subject who conquers its citizenship and disputes its rights.

Methodology:

The discourses and representations of homosexuality in the newspapers Sucesos Sensacionales, El Colombiano and the radio newspaper El Clarín were identified; an interpretative matrix was constructed by cross-referencing cultural elements of the context with journalistic representations.

Originality:

The period 1960-2000 corresponds to an unexplored period on the subject. Its revision is articulated with the observation of previous and parallel representations of the processes of homosexual liberation and the conquest of rights: the decades of 1960-1970, the emergence of hiv/aids in 1980, and the appearance of a series of social organizations around the anti-aids struggle in the 1990s accompanied by the juridical-political path traced by social movements.

Conclusion:

During this period, a homosexual subject emerges who, in addition to being outlined by the media, begins to postulate an image of himself that tensions the field of representations. Despite pointing to changes associated with freedoms and rights, the novelties in the press - influenced by international and local contexts and contested by everyday practices that claimed sex/gender dissidence - also pose a conservative counter-response that reinstates old ghosts and prejudices. Thus, this is not a linear and progressive history that moves from darkness to light, that is, from a dark past of violence and denial to the conquest of rights, but reflects diverse continuities and simultaneities in the representation of homosexuality.

Objetivo/contexto:

neste artigo, são exploradas, a partir da perspectiva da história cultural, as representações sociais produzidas pela imprensa sobre a homossexualidade em Antioquia durante a segunda metade do século 20. Ao fazê-lo, pretende-se abordar a figura do monstro sexual, do homossexual ridículo, da “bicha” infecciosa, do indivíduo explicável pela ciência e do sujeito que conquista sua cidadania e disputa seus direitos.

Metodologia:

os discursos e as representações da homossexualidade foram identificados nos jornais Sucesos Sensacionales, El Colombiano e, no jornal radiofônico, El Clarín; uma matriz interpretativa foi construída cruzando elementos culturais do contexto com as representações jornalísticas.

Originalidade:

o período 1960-2000 corresponde a um período inexplorado sobre o assunto. Sua revisão se articula com a observação de representações anteriores e paralelas aos processos de liberação homossexual e de conquista de direitos: as décadas de 1960-1970, o surgimento do hiv/aids em 1980 e o aparecimento de uma série de organizações sociais em torno da luta antiaids na década de 1990, acompanhadas pelo caminho jurídico-político traçado pelos movimentos sociais.

Conclusão:

nesse período, emerge um sujeito homossexual que, além de ser delineado pela mídia, começa a postular uma imagem de si mesmo que tensiona o campo das representações. Apesar deapontarem para mudanças associadas a liberdades e a direitos, as novidades da imprensa - influenciadas por contextos internacionais e locais, e contestadas por práticas cotidianas que reivindicavam a dissidência de sexo/gênero - também apresentam uma contrarresposta conservadora que reinstaura velhos fantasmas e preconceitos. Portanto, essa não é uma história linear e progressiva que começa em um passado sombrio de violência e negação e avança em direção à conquista de direitos, mas sim que reflete diversas continuidades e simultaneidades na representação da homossexualidade.

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