CRUZ KRONFLY, Fernando. SUBJETIVIDADE HIPERMODERNA E CAPITALISMO ATUAL: UM OLHAR CRÍTICO. []. , 31, 79, pp.17-26.   17--2021. ISSN 0121-5051.  https://doi.org/10.15446/innovar.v31n79.91959.

Este artigo de reflexão é resultado de uma pesquisa documental, de natureza exploratória, que recorre à narrativa do ensaio. O objetivo é colocar em evidência a relação entre a subjetividade hipermoderna e o capitalismo atual, fundamento das organizações que devem ser administradas e que são objeto de estudo do campo de disciplinas dos estudos organizacionais. Recorre-se a uma exposição argumentativa das maltratadas legitimidades do capitalismo e do socialismo para revelar a emergência da subjetividade hipermoderna como blindagem que garante sua reprodução. Conclui-se que ela usufrui de uma vida convertida em fragmentos desconectados da cadeia do sentido que toda utopia promissora de um futuro melhor requer. Nessas condições, os estudos organizacionais requerem repensar qual é a nova subjetividade que a vida organizacional alimenta e aceita. É possível presenciar uma nova subjetividade caracterizada por uma cegueira mediada pelo interesse subjetivo de consumir e agradecer ao capitalismo contemporâneo por permitir não cair brutalmente nas precariedades que nascem do mercado libertário e moralmente desregulado. Assim, contribui-se para os estudos organizacionais ao refletir sobre a necessidade de conceber um novo pensamento administrativo que se oponha à anulação do exercício da liberdade e da igualdade jurídica moderna, que legitimou a política e a utopia como valores de dignificação do ser humano e da vida.

: capitalismo contemporâneo; condição humana; hiper-modernidade; realidade organizacional; subjetividade.

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