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Íkala, Revista de Lenguaje y Cultura

 ISSN 0123-3432

CRAGNOLINO, Elisa Rita. Estrategias migratorias, reconfiguraciones de identidades campesinas y participación en la cultura escrita. []. , 24, 2, pp.233-247. ISSN 0123-3432.  https://doi.org/10.17533/udea.ikala.v24n01axx.

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En este artículo retomo análisis resultantes de trabajos teóricos y empíricos referidos a las prácticas de cultura escrita en territorios rurales de Córdoba (Argentina). En este caso, enfoco mi atención en las estrategias migratorias desplegadas por las familias campesinas del norte de esta provincia, para reflexionar acerca de cómo se incorporan en ellas las prácticas de lectura y escritura. Analizo el lugar que las estrategias migratorias tuvieron en la reproducción social de las familias a lo largo de varias décadas del siglo xx poniéndolas en relación con las transformaciones estructurales y políticas y los procesos de descampesinización, para detenerme luego en el análisis de los procesos de configuración-reconfiguración de identidades de estas familias. Esto me permite poner en discusión visiones que en los ámbitos escolares presentan estas identidades y prácticas culturales campesinas como estáticas, ahistóricas e inhabilitantes en términos de acceso a la educación y a la cultura escrita. En este análisis me resultan fértiles las convergencias entre los Nuevos Estudios de Literacidad y el enfoque de la sociología de Pierre Bourdieu en cuanto ambos permiten entender cómo las prácticas de cultura escrita son construidas socialmente, históricamente situadas, desigualmente distribuidas e insertas en el marco de otras prácticas y relaciones sociales que les otorgan sentido. En ambos enfoques la clave está puesta en considerar la lectura y escritura no como una variable independiente, aislada, sino como una práctica social y parte de una trama de relaciones que se reconfiguran en espacios locales y en el tiempo.

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In this paper, I review analyses resulting from empirical works referred to written practices in rural areas in Córdoba (Argentina). In this case, I will focus on migratory strategies deployed by peasant families from the northern part of the province, aiming to reflect upon their incidence in adopting reading and writing practices. I will analyze the role these migratory strategies had on family social reproduction throughout several decades of the 20th century, relating them to structural and political changes, and depeasantization processes. Then I will delve into processes of identity building-rebuilding within these families. This allows me to bring to discussion some views often encountered in school settings, presenting peasant identities and cultural practices as static, ahistorical and incapacitating regarding access to education and written culture. To carry out this analysis I found revealing insights in the New Literacy Studies and Pierre Bourdieu’s sociological approach, since they both helped me to understand how written practices are socially constructed, historically situated, unequally distributed, and occurring within the framework of other practices and social relationships that give them meaning. In both approaches, the key is to consider reading and writing not as independent isolated variables, but as a social practice and a part of a web of relations reconfiguring themselves across local spaces and throughout time.

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Neste artigo retomo análises resultantes de trabalhos teóricos e empíricos referidos às práticas de cultura escrita em territórios rurais de Córdoba (Argentina). Neste caso, enfoco minha atenção nas estratégias migratórias exercidas pelas famílias camponesas do Norte desta província, para reflexionar sobre como se incorporam nelas as práticas de leitura e escritura. Analiso o lugar que as estratégias migratórias tiveram na reprodução social das famílias ao longo de várias décadas do século xx colocando-as em relação com as transformações estruturais e políticas e os processos de descamponização, para focar logo na análise dos processos de configuração-reconfiguração de identidades destas famílias. Isto me permite pôr em discussão visões que nos âmbitos escolares apresentam estas identidades e práticas culturais camponesas como estáticas, ahistóricas e incapacitantes em termos de acesso à educação e à cultura escrita. Nesta análise resultam-me férteis as convergências entre os Novos Estudos de Letramento e o enfoque da sociologia de Pierre Bourdieu as quais permitem entender como as práticas de cultura escrita são construídas socialmente, estão historicamente situadas, desigualmente distribuídas e se produzem no âmbito de outras práticas e relações sociais, que lhes outorgam sentido. Em ambos enfoques o crucial está no sentido de considerar a leitura e escritura não como uma variável independente, isolada, senão como uma prática social e parte de uma trama de relações que se reconfiguram em espaços locais e no tempo.

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