Services on Demand
Journal
Article
Indicators
- Cited by SciELO
- Access statistics
Related links
- Cited by Google
- Similars in SciELO
- Similars in Google
Share
Tabula Rasa
Print version ISSN 1794-2489
Abstract
MIGNOLO, Walter D. Aopção de-colonial: desprendimento e abertura. Um manifesto e um caso. Tabula Rasa [online]. 2008, n.8, pp.243-282. ISSN 1794-2489.
Aopção descolonial, em política e em epistemologia, foi conseqüência imediata da divisão imperial/colonial, primeiro em Anahuac e Tawantinsuyo e, a partir de meados do século XVIII, nos distintos espaços do mundo islâmico (i. e. na Índia muçulmana, por obra dos ingleses; no norte da África por obra dos franceses). África subsaariana foi colonizada também no século XVI. As comunidades africanas na América não foram colonizadas da mesma forma do que as comunidades indígenas, pois foram propriamente escravizadas. Muitos indígenas e africanos na não quiseram ser governados nem pela Coroa Espanhola nem pelos donos das plantações. dissidência se manifestou em diferentes lugares e de distintas maneiras, algumas anti-imperiais/coloniais e outras de-coloniais. Waman Poma de Ayala, nos Andes e Ottobah Cugoano, escravizado e levado ao Caribe e depois libertado em Londres, escreveram importantes tratados políticos descoloniais que foram reconhecidos de tal forma pela teoria e pelo pensamento político eurocentrado (Aristóteles, Platão, São Tomás de Aquino, Maquiavel, Hobbes, Locke, Rousseau, Montesquieu, etc.). Ambos os autores ilustram a importância da geopolítica do conhecimento para projetos futuros que não sigam atados e dependentes dos dizeres e de teorias baseadas nas experiências da história. Quer dizer, a história do mundo escrita por europeus corresponde à experiência européia e não à sensibilidade e experiências de todo o mundo.
Keywords : pensamento des-colonial; teoria política descolonial; opção descolonial; geopolítica do conhecimento; modernidade/decolonialidade; epistemologia fronteiriça.