Objetivo:

Neste trabalho, são analisadas as causas da crise do regionalismo latino-americano, buscando as razões que determinam sua natureza, escopo e consequências, bem como dilemas que as diferentes opções de saída propõem.

Metodologia:

A partir de uma definição do conceito de crise, é proposto um modelo de análise que rastreia processos de governança significativos e fatores de crises nos níveis sistêmico, regional e doméstico, utilizando uma série de indicadores que permitem interpretar seu impacto sobre os projetos do regionalismo latino-americano e seus efeitos em forma de crise.

Conclusões:

Os achados sugerem a existência de condicionantes estruturais que superam os paradigmas estabelecidos e as dinâmicas políticas que foram incapazes de superar suas contradições, o que propiciou uma triple crise, de resultados, de modelo e de expectativas, cujos efeitos incidem diretamente sobre a credibilidade dos projetos. Portanto, a crise não aparece como uma mera questão de vontade política, mas sim como uma complexa combinação de múltiplos fatores que envolvem os Estados e outros atores e forças sociais nacionais e internacionais.

Originalidade:

O artigo amplia as perspectivas analíticas do regionalismo latino-americano ao propor uma abordagem nova que ajuda a compreender melhor suas particularidades ante outros regionalismos e abre a possibilidade de continuar e aprofundar a análise empírica de cada um dos regionalismos em particular.