Abstract

CID HIDALGO, Juan D.. Lareo: museu, memória, déjà vu. Lit. teor. hist. crit. [online]. 2019, vol.21, n.1, pp.225-252. ISSN 0123-5931.  https://doi.org/10.15446/lthc.v21n1.74817.

O presente trabalho tenta reparar sobre a imagem do museu em um romance curto do laureado escritor chileno José Donodo. Naturaleza muerta con cachimba (1990) nos permite estudar e reconhecer de que maneira o caráter memorial do exercício museológico ressignifica não apenas os objetos que são incorporados dentro de seus limites, mas também os enunciados, os discursos e, inclusive, as práticas artísticas, que vão se desdobrando de tal modo que se constituem em sistema. Os déjà vu que Marcos Ruíz sofre no Museu Larco têm uma importância especial no relato, uma vez que desencadeiam a notável transformação do personagem, que passa de um ignorante e tradicional gestor cultural a um galante e progressista crítico de arte, cuja cara de "gato enfadado com esse bigodinho ridículo" é agora a de um célebre curador e protetor do legado de um artista tão singular quanto desconhecido.

Keywords : cachimbo; déjà vu; José Donoso; memória; museu; ainda vida.

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