Objetivo/contexto:

este artigo aborda a cooperação regional a partir da perspectiva do trabalho em rede e da literatura de divulgação com o objetivo de explicar como foi formada a institucionalidade comercial da Aliança do Pacífico no período 2010-2019; além disso, analisa-se a razão pela qual, dentro desse processo, o bloco vem perdendo dinamismo.

Metodologia:

a análise qualitativa de quatro estudos de caso está interligada com o acompanhamento de processos para enfatizar as ligações e interações entre os atores identificados no processo de tomada de decisão.

Conclusões:

a análise revela que a identificação de princípios partilhados entre redes transnacionais e transgovernamentais com atores políticos tem facilitado o processo de tomada de decisão sempre que houve acordos pré-negociação que articulam os seus interesses e harmonizam as suas diferenças. Um processo que demonstra que o desenho institucional adotado pela Aliança do Pacífico é o resultado da disseminação de múltiplas referências regionais, em que as redes facilitaram a transmissão de conhecimentos para uma organização regional.

Originalidade:

demonstra-se que é possível ultrapassar a visão centrada no Estado da cooperação regional e explicar que o regionalismo não emerge isolado de outras referências regionais.