Services on Demand
Journal
Article
Indicators
Cited by SciELO
Access statistics
Related links
Cited by Google
Similars in SciELO
Similars in Google
Share
Revista Guillermo de Ockham
Print version ISSN 1794-192XOn-line version ISSN 2256-3202
Abstract
MENEZES, Magali Mendes de. Caminhos de reflorestamento do pensar: a interculturalidade desde as filosofias indígenas. Rev. Guillermo Ockham [online]. 2024, vol.22, n.1, pp.105-115. Epub Apr 22, 2024. ISSN 1794-192X. https://doi.org/10.21500/22563202.6598.
O presente texto busca afirmar as filosofias indígenas como sabedorias que contribuem significativamente na forma de pensar/sentir a educação e a filosofia. Desde a tradição ocidental, a filosofia constituiu-se através da ruptura do que chamamos pensamento mítico. As filosofias indígenas, no entanto, partem da narrativa mítica, do pensamento simbólico, dos sonhos, da oralidade e toda ancestralidade que carregam para constituírem suas cosmologias. Afirmar o pensamento indígena é, portanto, recuperar o que fora negado, mostrando que a filosofia não tem um único solo de origem (grego), mas se constrói em diferentes territórios e tempos históricos. A negação destas filosofias traduz, em muitos momentos, a própria negação ontológica daqueles e daquelas que produziram e continuam a produzir pensamento. Por isso, as filosofias indígenas são formas de reflorestamento da racionalidade monocultural, sendo capazes de compor outros exercícios político-pedagógicos, em que o bem viver é um elemento central. O objetivo é mostrar que as filosofias indígenas carregam modos de vida que contribuem para repensarmos os processos “civilizatórios” que tem conduzido à humanidade e o planeta a destruição da diversidade do pensamento e, com isso, nos ensinam a viver a interculturalidade como aprendizagem necessária para a sobrevivência dos saberes e dos povos.
Keywords : filosofias indígenas; filosofia; interculturalidade; educação; cosmologia; metodologias.