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Revista Colombiana de Sociología

versión impresa ISSN 0120-159X

Resumen

CAMARGO, Esperanza. Inequidade de gênero e violência conjugal na Bolívia. Rev. colomb. soc. [online]. 2019, vol.42, n.2, pp.257-277. ISSN 0120-159X.  https://doi.org/10.15446/rcs.v42n2.69629.

A violência conjugal contra as mulheres é particularmente grave na Bolívia, país que ficou em segundo lugar entre dez países latino-americanos na escala de prevalência da violência física e sexual contra as mulheres (Hindin, Kishor e Ansara, 2008). Este estudo analisa a correlação entre a violência conjugal e o tipo de tomada de decisões domésticas. Após utilizar a análise fatorial e os modelos de equações estruturais em uma amostra de 2.759 casais heterossexuais bolivianos, verificou-se que é menos provável que haja violência conjugal em famílias em que a tomada de decisões é igualitária (o homem e a mulher tomam decisões juntos), mas que é mais provável que a haja quando um dos dois toma as decisões sozinho, seja o homem, seja a mulher. Essas constatações apoiam a hipótese de que a distribuição de poder segundo gênero pode causar conflito nos casais heterossexuais (Anderson, 1997; Dobash, Dobash, Wilson e Daly, 1992; Jewkes, 2002). Este estudo vai mais além ao demostrar que essa distribuição pode levar à tomada de decisões igualitária, matriarcal ou patriarcal e que há consequências diferenciais para a ofensa e a vitimização conjugal. Nas áreas rurais, as mulheres bolivianas são mais vulneráveis; os homens costumam tomar decisões sozinhos, e as mulheres são mais pobres e menos educadas do que nas áreas urbanas. Na família de tipo patriarcal, os homens tomam as decisões e é possível que abusem de suas mulheres física e psicologicamente. Esse tipo de família é mais pobre e menos educada, e há uma correlação reversa com a educação de homens e mulheres. De fato, a educação parece desempenhar um papel-chave nas relações heterossexuais: a educação do homem se correlaciona inversamente com a vitimização física da mulher. Contudo, os achados também apoiam a) a teoria da inconsistência de status: nos lares mais abastados e mais educados, a mulher tomava decisões sozinha, mas ainda era vítima de abuso físico e psicológico por parte de seu companheiro; b) o fato de a violência conjugal ser influenciada por fatores estruturais como as crenças patriarcais, a estrutura de poder social, a pobreza e as desigualdades sociais (Barak, 2003, 2006).

Descritores: discriminação de gênero, papéis de gênero, tomada de decisões no lar, violência doméstica.

Palabras clave : Bolívia; desigualdade de gênero; equidade na família; equidade de gênero; tomada de decisões; violência de gênero.

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