Servicios Personalizados
Revista
Articulo
Indicadores
- Citado por SciELO
- Accesos
Links relacionados
- Citado por Google
- Similares en SciELO
- Similares en Google
Compartir
Revista Colombiana de Sociología
versión impresa ISSN 0120-159X
Resumen
GARZON, María Angélica. La subjetividad rememorante. Rev. colomb. soc. [online]. 2015, vol.38, n.2, pp.115-137. ISSN 0120-159X. https://doi.org/10.15446/rcs.v38n2.54902.
A subjetividade rememorante é, provavelmente, aquela que se corresponde com a era do auge da memória, em que rememorar se converte em obrigação. Esta é a principal hipótese deste artigo, que se deriva de diferentes leituras sobre o exercício de recordar, de narrar e da construção da memória coletiva. Nesse sentido, apresenta-se uma reflexão de caráter teórico, que indaga pelo que se denomina subjetividade rememorante, as linhas de força que a atravessam e como ela se materializa na figura da testemunha. Para isso, retomam-se algumas ideias de Foucault, segundo as quais as condições políticas, econômicas e de existência configuram sujeitos e relações de verdade. A partir disso, enfatiza-se na chamada "guinada subjetiva" e no boom do testemunhal, para analisar os sujeitos e as relações de verdade à luz da construção de memórias (em plural) e o dever da memória ou, nas palavras de Ricoeur, o imperativo de "você se lembrará". Na parte final, desenvolve-se a proposta sobre como a subjetividade rememorante, por meio da narração da memória, subverte a ideia de sua produção para localizar táticas criativas que permitem a ela transitar de uma recordação inscrita exclusivamente no passado a uma recordação que permite a construção de reivindicações políticas. Nessa linha de ideias, a categoria central de análise se identifica como um espaço não somente de produção da subjetividade, mas também como criação desta, no qual a narração do passado permite a autorreflexão e a leitura do sujeito como um agente ativo de mudança social. Então, a construção de uma subjetividade rememorante permite aos agentes sociais superarem as lógicas de cosificação e reivindicarem um lugar no mundo, isto é, uma posição social e um papel na história. De maneira concreta, este artigo apresenta a ideia de uma subjetividade rememorante que se converte em plataforma política para reivindicar o direito a recordar e transformar a partir dessas recordações.
Palabras clave : memória coletiva; leituras do passado; narrativas; subjetividade; sujeito político; testemunho.