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Revista Colombiana de Sociología
versión impresa ISSN 0120-159X
Resumen
TORRES RUIZ, Jacqueline; PARRA GONZALEZ, Claudia Valeria y GUTIERREZ RAMIREZ, Juan Camilo. Tensões na configuração e reconfiguraçõo das mobilidades e territorialidades de moradores de rua em Bogotá. Rev. colomb. soc. [online]. 2020, vol.43, n.2, pp.157-190. Epub 08-Mayo-2021. ISSN 0120-159X. https://doi.org/10.15446/rcs.v43n2.82902.
O artigo analisa a configuração e reconfiguração das mobilidades e territorialidades dos moradores de rua em Bogotá, em meio às tensões entre o espaço público urbano concebido pelos saberes/poderes hegemônicos e construído a partir dos significados, usos e experiências cotidianas da cidade. E proposta uma leitura de duas etapas ligadas aos eixos conceituais da pesquisa, a saber, moradores de rua, territorialidade, mobilidade e espaço público. O primeiro, no contexto, mostra o panorama da configuração de mobilidades e territorialidades, desde a tensão entre uma capital em crescimento e processo de fragmentação, oposta às territorialidades de rua, que passam de uma relação relativamente aberta e livre com o espaço público para uma relação ambivalente em que os "ollas" se tornam espaço de degradação, mas, simultaneamente, no lugar que representa certa segurança perante a indiferença, a perseguição e a "limpeza social". A segunda identifica as formas de reconfiguração das mobilidades e territorialidades dos moradores de rua, após a intervenção no Bronx, em 28 de maio de 2016.
De modo a identificar a lógica das mobilidades dos moradores de rua em Bogotá durante essas etapas, é proposta uma abordagem qualitativa, que recorre a uma estratégia de coleta de informações com técnicas como a revisão documental de investigações sobre o espaço público urbano e o desenvolvimento histórico desse grupo populacional; entrevistas aos moradores de rua em diferentes pontos da cidade; entrevista com um operador de serviços de atenção na rua; entrevista a especialistas acadêmicos; trabalho de observação etnográfica e análise de números do censo de habitantes de rua de 2007 e 2017. Os resultados mostram que, apesar da mobilidade como estratégia de sobrevivência para os moradores de rua, e de ser mediada por necessidades, atividades econômicas, práticas e vínculos com o território e seus pares, essa também responde a um processo de fragmentação e descontinuidade na cidade, que cria enclaves de informalidade e condiciona/limita essa mobilidade. Com isso, são identificados os trânsitos e as tensões entre as mobilidades voluntárias e involuntárias.
Descritores: Bogotá, mobilidades, moradores de rua, políticas públicas, território.
Palabras clave : cartografias; espaço público; mobilidade; moradores de rua; territorialidade.