Objetivo:

este artigo analisa o discurso político da Sociedade da União dos Artesãos (1866-1868), especialmente na forma como seus membros compreenderam e disseminaram as noções e práticas do republicanismo.

Metodologia:

uma análise qualitativa das 62 edições da La Alianza é feita, o jornal da associação. A análise das informações assume as perspectivas das sociabilidades políticas e dos republicanismos subordinados, à maneira de uma história social da política.

Originalidade:

o republicanismo dos artesãos colombianos não foi estudado cuidadosamente no contexto da década de 1860, um período comumente considerado como o entorpecimento dos artesãos. Em face do exposto, este trabalho mostra que os artesãos da época foram bem ativos politicamente e tentavam, por múltiplos meios, ganhar um lugar na política como atores legítimos.

Conclusões:

o republicanismo da Unión de Artesanos emergiu dos interesses, valores, agendas e experiências políticas passadas e presentes dos seus membros. Esta se baseou em elementos do discurso político do artesanato artesanal das décadas anteriores, mas também em leituras originais sobre o que deveria caracterizar um regime republicano. O principal traço distintivo dessa linguagem era sua insistência na cidadania genuinamente popular, baseada em uma prática política autônoma independente de identidades partidárias e lealdades.