Objetivo/contexto:

o Chile, na presente década, experimentou um aumento dos conflitos socioambientais. Nesse sentido, o presente artigo desenvolve uma análise entre o desenho político-normativo que condiciona o papel do Estado chileno quanto aos projetos de investimento produtivo e os conflitos socioambientais, contrastando-os a partir da perspectiva dos habitantes sobre o papel que o Estado desempenha em ambas as matérias por meio do respectivo desenho político-normativo.

Metodologia:

para alcançar esse objetivo, foi desenvolvida uma estratégia quantitativa que permitiu conhecer, mediante pesquisa, a posição da população chilena sobre projetos de investimento e conflitos socioambientais. Da mesma forma, os resultados obtidos foram contrastados com estudos desenvolvidos tanto pelo Ministério do Meio Ambiente como pela Universidade Andrés Bello para validar os resultados.

Conclusões:

os resultados obtidos permitiram estabelecer que os valores subjacentes ao desenho normativo-político, não representativos dos governados, desenvolvem fricções que geram condições favoráveis para o surgimento de conflitos socioambientais.

Originalidade:

este documento pretende ser uma contribuição para a escassa pesquisa existente sobre as causas dos conflitos socioambientais a partir de uma perspectiva de configuração e funcionamento do aparato estatal no campo do estudo da ciência política e da administração pública.