Resumen

BIDEGAIN, Germán; FREIGEDO, Martín  y  GOINHEIX, Sebastián. Interseccionalidade e coalizões de movimentos sociais: o caso da nova agenda de direitos no Uruguai. rev.estud.soc. [online]. 2024, n.87, pp.41-60.  Epub 16-Ene-2024. ISSN 0123-885X.  https://doi.org/10.7440/res87.2024.03.

Este artigo contribui para conhecer sobre o funcionamento das coalizões de movimentos sociais com uma perspectiva política interseccional. Nele, analisa-se o desenvolvimento no Uruguai de uma rede de movimentos sociais que promoveu com sucesso a chamada “nova agenda de direitos” durante o governo progressista (2005-2020). Esse é um caso particularmente interessante devido ao nível de sucesso em termos de mudanças legais e de políticas públicas, e ao papel desempenhado pelos movimentos sociais nessas mudanças. Diante do exposto, as organizações sociais uruguaias na nova agenda de direitos formam uma rede integrada de ação? Em caso afirmativo, qual é o nível de segmentação assumido pelas organizações com base nas principais questões? Uma análise de rede mostra que essas organizações operam em uma rede integrada, fortalecida pela presença de certas entidades que desempenham um papel intermediário central. De qualquer forma, a existência de segmentação dos vínculos organizacionais é comprovada, o que mostra que, embora haja certa capacidade de interação entre os diferentes setores do movimento social, uma lógica temática prevalece quando se trata de entender as interações na rede. A análise de rede proposta baseia-se em informações coletadas em uma pesquisa original com 49 organizações de Montevidéu envolvidas na nova agenda de direitos. No nível empírico, este artigo permite avançar nosso conhecimento sobre esse caso peculiar no contexto latino-americano por meio de uma nova metodologia para a análise desses fenômenos. Em nível teórico, ele responde ao recente apelo da literatura sobre os efeitos da perspectiva interseccional na ação e nos efeitos dos movimentos sociais e sua capacidade de formar coalizões bem-sucedidas.

Palabras clave : análise de redes sociais; coalizão de movimentos sociais; interseccionalidade; Uruguai.

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