Introdução:

durante a pandemia da covid-19, os profissionais de saúde apresentaram risco aumentado para o desenvolvimento de afecções psíquicas, especialmente na unidade de terapia intensiva. Verifica-se lacuna de conhecimento sobre a saúde mental da equipe de enfermagem intensivista no atendimento aos pacientes acometidos pela covid-19.

Objetivo:

identificar, na literatura científica, as condições da saúde mental do profissional de enfermagem intensivista durante a pandemia da covid-19.

Materiais e método:

esta é uma revisão integrativa da literatura; a coleta de dados ocorreu de janeiro a abril de 2022 nas fontes de dados Embase, Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature, PubMed, Scopus Content Overview e Web of Science. Elencaram-se os seguintes descritores: “Intensive Care Units”, “Covid 19”, “Mental Health”, “Nurse”. Incluíram-se estudos produzidos desde 2020, disponíveis na íntegra, em espanhol, inglês e português, e que respondessem à questão de pesquisa. A busca e seleção dos artigos foram executadas por dois pesquisadores treinados, de modo independente, mediante discussão por pares. As recomendações do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses foram seguidas.

Resultados:

a partir de uma amostra de 16 artigos, observou-se que o cuidado crítico de pacientes com covid-19 afetou a saúde mental dos profissionais de enfermagem com destaque para depressão, ansiedade, estresse e medo. Isso se associou à falta de tratamento baseado em evidências, à carência de recursos humanos e físicos, à sobrecarga de trabalho e às experiências de trabalho insuficientes.

Conclusões:

os profissionais de enfermagem intensivistas estão mentalmente abalados; portanto, é imperativa a implantação de políticas, estratégias e métodos para melhorar as condições psicológicas desses profissionais, para, assim, garantir a qualidade nos serviços.

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