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Antipoda. Revista de Antropología y Arqueología
versão impressa ISSN 1900-5407
Resumo
BRIONES, Claudia. Políticas indigenistas na Argentina: entre a hegemonia neoliberal dos anos 1990 e a "nacional e popular" da última década. Antipod. Rev. Antropol. Arqueol. [online]. 2015, n.21, pp.21-48. ISSN 1900-5407. https://doi.org/10.7440/antipoda21.2015.02.
Um balanço das políticas indigenistas que se limite a detalhar os marcos legais vigentes, a descrever as medidas adotadas ou a explicitar o que não se tem feito ou falta fazer, diz pouco de outros parâmetros igualmente importantes para a avaliação dessas políticas enquanto processos de construção de hegemonia cultural, cujos efeitos requerem ser ponderados a partir de outros fatores, seja por meio da redefinição dos campos de interlocução política, das ressignificações nas ideias e práticas de cidadania ou de seus impactos no âmbito das subjetividades. A partir da experiência argentina, este artigo discute a ideia de sedimentação de dispositivos neoliberais num contexto de reapropriação hegemônica de um horizonte de soberania "nacional e popular" sobre os territórios e recursos. A análise dos efeitos das políticas indigenistas da última década sobre o movimento indígena enfatiza, portanto, o exame do modelo de desenvolvimento adotado e as transformações nas formas de caracterizar a plebs -o campo do popular ou dos menos privilegiados- enquanto parte tangencial ou medular do populus ou povo da nação e, por consequência, do demos, o espaço dos que podem "legitimamente" dar forma e conteúdo ao populus e pôr seu mundo em palavras.
Palavras-chave : Políticas indigenistas; lutas indígenas; neoliberalismo; neodesenvolvimentismo; Argentina; cidadania.