Objectivo:

Este artigo analisa os debates e questões que surgem ao apresentar visualmente as memórias de ausência e luto nos museus de memória, particularmente aqueles localizados na América Latina através da arte contemporânea nas últimas décadas.

Metodologia:

inicialmente, realiza-se uma contextualização dos debates sobre a definição de história e memória para compreender os problemas que existem em torno da memória traumática e uma estética particular da tragédia que dela decorre. Posteriormente, com a presença de algumas obras artísticas, será analisado como a memória se permite expandir para outros campos da criação, produzindo diálogos artísticos e históricos como formas de representação que comunicam aquilo que pode ser inacessível de transmitir.

Originalidade:

ao analisar a memória e a sua representação através das criações artísticas contemporâneas dentro dos lugares da memória, é possível reconhecer as infinitas dimensões que existem para transmitir as histórias específicas do território latino-americano, e com isso, estabelecem-se novos diálogos que produzem outros canais de reflexão em torno da memória e da violência.

Conclusões:

o debate sobre as diferenças epistêmicas entre o que é considerado memória e história traz diferentes abordagens às propostas museográficas e curatoriais exibidas nestes espaços. Como resultado, foram geradas diferentes exposições que, por um lado, mostram o horror não dito do que aconteceu, e por outro, tentam mostrar outras abordagens com narrativas visuais e artísticas que matizam as memórias do luto e da dor dentro de cada um destes espaços.