Objetivo:

Este artigo oferece uma reflexão sobre a construção das primeiras narrativas visuais do patrimônio monumental arqueológico pelos círculos letrados de Cuzco no período entre os séculos (1897-1910).

Metodologia:

Através de uma pesquisa documental que incluiu a revisão de vários materiais jornalísticos, bibliográficos e iconográficos, exploramos a importância da produção e consumo de imagens fotográficas para as elites letradas, tanto em Cusco como no resto do país.

Originalidade:

Reconstruímos o posicionamento de uma leitura de afirmação de identidade baseada na valorização do patrimônio monumental, especialmente pré-hispânico, num período pouco explorado: as duas décadas anteriores à descoberta científica e ao posicionamento da mídia de Machu Picchu (1911-1913), o epicentro do discurso do patrimônio peruano ao longo do século XX.

Conclusões:

Nosso trabalho revela a forma como o registro e a exposição antecipada de certos espaços arquitetônicos incas, presentes na cidade de Cusco e seus arredores, seriam fundamentais para moldar o discurso patrimonial que, através de uma série de formatos fotográficos e impressos, foi projetado para vários públicos nacionais e estrangeiros.