Objetivo:

Este texto analisa o processo de construção das masculinidades dos trabalhadores das artes gráficas durante a década de i93o. Nesse período, diferentes variáveis, tanto no âmbito do grêmio [sindicato] quanto nacional, influenciaram a configuração do masculino e colocaram em crise as avaliações tradicionais desses sujeitos. Dessa forma, o objetivo central do artigo é contribuir para os esforços que têm desafiado a prevalência singular do que foi considerada a masculinidade hegemônica no período.

Metodologia:

Para a elaboração das páginas seguintes, foram utilizadas diversas fontes primárias, desde atas de assembleias de organizações gremiais [sindicais], até documentos elaborados por órgãos policiais.

Originalidade:

Esta questão foi abordada pela historiografía de outros grupos sociais, de modo que sua revisão permite-nos ampliar nossa visão sobre um problema que continua atual.

Conclusões:

O texto consegue passar pelas principais circunstâncias que tiveram impacto na construção das masculinidades destes trabalhadores, enfatizando seu lugar no marco político do cardenismo, o desafio colocado pelas mudanças geracionais, assim como a inclusão da mulher neste campo de trabalho. O resultado é uma visão que destaca a multidirecionalidade do processo e a heterogeneidade das masculinidades postas em prática durante o período.