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Revista Colombiana de Ciencias Químico - Farmacéuticas
versão impressa ISSN 0034-7418versão On-line ISSN 1909-6356
Resumo
LOPEZ G., José Julián; CALDERON V., Carlos Mauricio e CORTAZAR C., Yira Constanza. Uso de linezolida em um hospital de alta complexidade da cidade de Bogotá. Rev. colomb. cienc. quim. farm. [online]. 2022, vol.51, n.1, pp.443-457. Epub 08-Dez-2023. ISSN 0034-7418. https://doi.org/10.15446/rcciquifa.v51n1.102726.
Introdução:
o estudo da prescrição de antibióticos de última geração auxilia na identificação das causas e consequências do uso inadequado de antibióticos. Entre eles está o surgimento de resistência aos antibacterianos, situação declarada pela OMS como um problema de saúde pública global.
Objetivos:
descrever a prescrição de linezolida em hospital de alta complexidade de Bogotá, na Colômbia, levando em consideração o acompanhamento das recomendações de uso de medicamentos constantes das diretrizes de prática clínica (CPG) e suas indicações.
Métodos:
foi realizado um estudo observacional transversal e descritivo com coleta retrospectiva de informações de todos os pacientes que receberam prescrição de linezolida, na dose mínima de 600 mg a cada 12 h durante o período de 1 de janeiro de 2017 a 31 de dezembro de 2018. As características de prescrição da linezolida foram descritas.
Resultados:
133 prescrições foram revisadas. Os diagnósticos mais frequentes foram sepse de diferentes origens (pulmonar, abdominal, urinária) com 22,6 % (30/133), seguida de infecção de pele e partes moles com 16,5 % (22/133), pneumonia com 12,8 % (17/133) e infecções do trato urinário com 9,8 % (13/133). O tratamento de dois dias foi o mais frequente (variação de 1-30 dias). Em 33 % (44/133) dos pacientes, a linezolida foi usada empiricamente (sem o uso de antibiótico prévio), enquanto em 40,6 % (54/133) foi usada como segunda opção (esquema antibiótico prévio). Foi utilizada como terceira opção em 20,3 % (27/133). Finalmente, em 6 % (8/133) dos pacientes, linezolida foi prescrito após três antibióticos anteriores. Outro antibiótico teve de ser usado em cerca de 50 por cento dos pacientes porque a linezolida não funcionou.
Conclusões:
há pouca adesão ao CPG institucional em relação ao tempo de tratamento, a identificação do microrganismo e a utilização como primeira opção. A falta de um infectologista em tempo integral, a alta carga de trabalho e a rotatividade contínua da equipe de prescrição podem ser as causas desses resultados. Alguns casos de uso inadequado podem estar relacionados ao quadro clínico do paciente que necessita de tratamentos empíricos.
Palavras-chave : Resistência antimicrobiana; antibióticos; prescrição inadequada.