Antecedentes:

A digestibilidade da fibra no rúmen não se deve à atividade enzimática individual das bactérias, mas sim à sua interação para complementar o seu funcionamento enzimático. Assim, a eficiência da digestão das fibras depende da diversidade e densidade das bactérias celulolíticas.

Objetivo:

Estimar a produção in vitro de biogás, metano e características fermentativas da gramínea de cobra (Brachiaria hibrido) inoculada com bactéria ruminal (BR) em cocultura com bactérias celulolíticas isoladas (BCI) de bovino (BCIbov) ou búfalo de água (BCIbuf).

Métodos:

BCIbov e BCIbuf foram isolados a partir de consórcios de bactérias celulolíticas ruminais utilizando meios de cultura específicos para bactérias celulolíticas. Ambos foram caracterizados morfologicamente, e foi realizada uma coloração de Gram. No teste de produção de gás in vitro, o substrato era erva de cobra e os inóculos eram bactérias ruminais (BR), BCIbov, BCIbuf, Cocultivobov (BR + BCIbov) e cocultivobuf (BR + BCIbuf). Foram medidas a produção de biogás e metano (CH4), bem como a degradação da matéria seca (DMS) e a degradação da fibra em detergente neutro (DFDN). Foi utilizado um desenho completamente aleatório.

Resultados:

BCIs eram cocos Gram positivos. A produção acumulada de biogás a 72 h de BCIbov e BCIbuf foi em média 42,11% da produzida por BR. O cocultivobov produziu 14,24% mais biogás do que o BR. A produção de CH4 foi menor em BCIbov e BCIbuf do que BR, cocultivobov e cocultivobuf. DMS e DFDN não eram diferentes entre BR, cocultivobov e cocultivobuf. O BCIbov degradou 37,10 e 96,34% mais DMS e DFDN do que o BCIbuf (p<0,05).

Conclusão:

A utilização de BCI de bovino ou búfalo de água em cocultura com BR não melhora a produção in vitro de biogás, DMS ou DFDN no que diz respeito a BR.

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