Objetivo / contexto:

Nas últimas décadas, foram criados padrões internacionais na América Latina para promover tratamento diferenciado para pessoas de ascendência africana. Este estudo analisa a interação entre movimentos sociais transnacionais, instituições estatais e organizações internacionais para a criação de algumas normas internacionais como a Declaração de Santiago, a Declaração de Durban e a Convenção Interamericana contra o Racismo e a Discriminação Racial.

Metodologia:

Para isso, foram entrevistados líderes sociais, funcionários públicos e funcionários de organizações internacionais e examinadas as memórias dos pronunciamentos desses atores em eventos internacionais; Além disso, foi revisada a documentação das Nações Unidas, do Banco Mundial e da Organização dos Estados Americanos (OEA). As informações foram organizadas e interpretadas para investigar a participação de cada ator na configuração de padrões internacionais para pessoas de ascendência africana.

Conclusões:

Os resultados indicaram que a interação de movimentos sociais, atores estatais e autoridades internacionais influenciou a configuração de normas internacionais para afrodescendentes na América Latina.

Originalidade:

Embora as interações entre os movimentos sociais afrodescendentes nos níveis nacional e internacional, os efeitos das políticas afrodescendentes internacionais em nível doméstico e as interações entre o Estado e os movimentos sociais em nível nacional tenham sido estudados, menos foi analisado como relações dinâmicas entre atores sociais, estatais e internacionais desencadearam a construção de padrões internacionais. Nesse cenário, este artigo oferece evidências empíricas que não foram consideradas como contribuindo para a discussão da construção de normas internacionais para afrodescendentes e para aprofundar a análise do impacto da mobilização de afrodescendentes na esfera transnacional, bem como o papel das autoridades estaduais. e construção de padrões internacionais além das fronteiras nacionais.