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Anuario de Historia Regional y de las Fronteras
versão impressa ISSN 0122-2066
Resumo
PEROCHENA, Camila. Uma memória incômoda. A guerra das Malvinas nos governos kirchneristas (2003-2015). Anu.hist.reg.front. [online]. 2016, vol.21, n.2, pp.173-191. ISSN 0122-2066. https://doi.org/10.18273/revanua.v21n2-2016007.
Na Argentina as memórias da guerra das Malvinas foram sobrepostas e entraram em conflito desde a derrota diante dos ingleses em junho de 1982. Este artigo busca analisar a gestão da memória em torno à guerra à que apelaram os governos kirchneristas (2003-2015). Os usos políticos do passado deste acontecimento implicaram um desafio, dado que a guerra foi promovida e declarada por um governo ditatorial e umas Forças Armadas duramente criticadas pela violação aos direitos humanos. Desta forma, durante o kirchnerismo emergiu uma memória incômoda que buscava compatibilizar a reivindicação nacionalista da causa Malvinas com a defesa dos direitos humanos e os questionamentos à ditadura. O objetivo do artigo é mostrar a forma em que variou a memória oficial da guerra entre o governo de Néstor Kirchner (2003-2007) e o de Cristina Fernández de Kirchner (2007-2015). O corpus documental no qual concentra-se esta análise está constituída por todos os discursos presidenciais que mencionaram a guerra e pelo roteiro museugráfico do Museu das Malvinas, inaugurado pelo governo em junho de 2014.
Palavras-chave : Argentina; Malvinas; memória; guerra.