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Revista Ciencias de la Salud
versão impressa ISSN 1692-7273
Resumo
ZABALA PHD, Juan Pablo e LIBRANDI LIC, Juan Martín. Medir para planificar: o Estudo sobre Saúde e Educação Médica e os limites da política sanitária da "Revolução Argentina" (1966-1973). Rev. Cienc. Salud [online]. 2018, vol.16, n.3, pp.550-570. ISSN 1692-7273. https://doi.org/10.12804/revistas.urosario.edu.co/revsalud/a.7271.
Introdução:
o presente artigo analisa o desenvolvimento do Estudo sobre Saúde e Educação Médica (ESSEM), uma iniciativa da Secretaria de Saúde da Nação Argentina dedicada à produção de dados estatísticos sobre o sistema de saúde que se desenvolveu durante o governo da chamada Revolução Argentina (1966-1973).
Desenvolvimento:
o ESSEM nos permite dar conta do modo em que o discurso da planificação sanitária cristalizou nas políticas da Secretaria de Saúde Pública. mediante a análise de documentos e de entrevistas, se estudam distintas dimensões do objeto: as apostas políticas que o motivaram, os grupos profissionais envolvidos, suas características técnicas, as conceições acerca da intervenção sanitária estatal e o contexto político mais amplo em que se insertaram. Finalmente, dá-se conta das limitações que existiram em sua implementação e seus motivos, assim como a valoração de algumas transformações que persistiram em outras formas institucionais.
Conclusões:
o desenvolvimento do ESSEM ostra a importância que teve o discurso da planificação veiculado pelos sanitaristas, um grupo profissional protagonista das políticas sanitárias desde a segunda pós-guerra. Em seu conteúdo, encontramos no ESSEM a influência de uma agenda sanitária própria da época, motorizada, em boa medida, por organismos internacionais como a Organização Pan-Americana da Saúde. E ao mesmo tempo, mostra-se como a política de saúde foi perdendo posições dentro do jogo político mais amplo das políticas de assistência social para o fim do período analisado.
Palavras-chave : saúde pública; estatística e dados numéricos; Argentina; políticas públicas.