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Avances en Psicología Latinoamericana
versão impressa ISSN 1794-4724versão On-line ISSN 2145-4515
Resumo
MACARI, María Lucia e WEINMANN, Amadeu de Oliveira. Psicanálise e Revoluçao Russa: notas para um debate. Av. Psicol. Latinoam. [online]. 2021, vol.39, n.2, e204. Epub 03-Jul-2022. ISSN 1794-4724. https://doi.org/10.12804/revistas.urosario.edu.co/apl/a.8595.
Este artigo recupera alguns momentos importantes dos encontros e desencontros entre a psicanálise e a Revolução Russa. Não é casualidade o fato de a psicanálise ter um papel crucial nos primeiros anos da revolução, abrindo espaço para reflexões sobre o novo homem soviético. E é por essa via que Wilhelm Reich visita a URSS, em 1929, afirmando que muitas das mudanças introduzidas pela revolução iam ao encontro de suas teorias. No entanto, pouco depois critica o retrocesso no campo da sexualidade, ocorrido a partir dos anos 1930, ao qual atribui importante papel na burocratização da revolução. Nesse sentido, Reich não difere muito de Freud que, em diversos momentos de seu percurso intelectual, faz menção à experiência soviética, mostrando-se cético no que concerne à univocidade das visões de mundo e ao caráter ilusório das promessas de extinção do mal-estar. Se consideramos relevante retomar esse debate, é porque ele coloca, para a psicanálise, a questão de sua possibilidade de escutar vozes historicamente proletarizadas e, para os revolucionários sociais, o problema de sustentar um discurso que não se deixe seduzir pela tentação totalizante.
Palavras-chave : psicanálise; marxismo; revolução; Reich; Freud.