SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
 número34Atencionalidade e linhas de vida na malha Poopó-uru-qotzuñi (“gente da água”) índice de autoresíndice de assuntospesquisa de artigos
Home Pagelista alfabética de periódicos  

Serviços Personalizados

Journal

Artigo

Indicadores

Links relacionados

  • Em processo de indexaçãoCitado por Google
  • Não possue artigos similaresSimilares em SciELO
  • Em processo de indexaçãoSimilares em Google

Compartilhar


Antipoda. Revista de Antropología y Arqueología

versão impressa ISSN 1900-5407

Resumo

PAREDES PENAFIEL, Adriana Paola. A lagoa Mamacocha contra o Estado peruano: um estudo etnográfico com os camponeses e camponesas do centro povoado El Tambo, Cajamarca, Peru. Antipod. Rev. Antropol. Arqueol. [online]. 2019, n.34, pp.3-18. ISSN 1900-5407.  https://doi.org/10.7440/antipoda34.2019.01.

Objetivo/contexto:

Este artigo tem como objetivo examinar as diferenças ontológicas mobilizadas pelas pessoas como resultado das ações causadas pelo projeto de mineração a céu aberto denominado Conga, que sacrificaria importantes lagoas para as populações locais. Dentro desse contexto, os/as campesinos/as do centro povoado El Tambo do norte do Peru, localizado a três horas em veículo em direção rio abaixo a partir da região de Conga, organizaram-se para proteger a lagoa Mamacocha das operações da mineração.

Metodologia:

por meio de uma pesquisa etnográfica realizada entre 2013 e 2014 no centro povoado El Tambo, observa-se que a relacionalidade dos/as camponeses/as com a lagoa Mamacocha é ativada pela realidade da experiência vivida com a água, que começou a desaparecer. As noções de alimentar e do nascer aí aparecem nos diálogos com os camponeses e as camponesas que enfatizam as relações entre as colheitas de batata, os canais de irrigação, as acéquias (canais artesanais), os puquios (nascentes) e as lagoas.

Conclusões:

Este estudo mostra como as diferentes práticas materializam um mundo com diferenças radicais. Os camponeses desenham na e com a terra, mas, ao mesmo tempo, respeitam os protocolos outras entidades e refutam a ideia de que estão dispostos a plantar batata a qualquer custo e com qualquer água. Ao final, as pessoas do centro povoado El Tambo se alimentam com a água que porta a vitalidade do nascer aí, no alto das lagoas. Não se trata de uma mera disputa na qual as águas são consideradas como uma natureza lá fora.

Originalidade:

este estudo mostra que os conflitos em curso, às vezes enquadrados como ambientais, referem-se a conflitos sobre premissas fundamentais sobre o que é o mundo e a vida.

Palavras-chave : água; conflito; mineração; El Tambo; lagoa Mamacocha; relacionalidade.

        · resumo em Espanhol | Inglês     · texto em Espanhol     · Espanhol ( pdf )