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Revista Ciudades, Estados y Política

versão impressa ISSN 2462-9103versão On-line ISSN 2389-8437

Resumo

BAUMGARTNER., Wendel Henrique. Gentrificação verde e o direito à natureza na cidade. Apropriação da natureza na produção capitalista do espaço urbano. Rev. Ciudades Estados Política [online]. 2021, vol.8, n.2, pp.17-32.  Epub 13-Maio-2022. ISSN 2462-9103.

Infraestruturas verdes e azuis, planos de renaturalização e outras ações ambientais estão na agenda de vários projetos de planejamento urbano, motivados pela adaptação às mudanças climáticas para construir uma cidade resiliente ou um espaço urbano sustentável. Esses projetos, lamentavelmente, podem gerar problemas ambientais, sociais e territoriais em diversas cidades, como a gentrificação verde. As comodidades naturais atuam como isca para atrair moradores de maior renda para um bairro. Apropriadas pelo mercado imobiliário, e contrariando vários aspectos da justiça espacial, observamos a constituição de um direito desigual à natureza na cidade. Em São Paulo (a maior cidade do Brasil), disputados remanescentes de áreas verdes centrais, convertidos em parques públicos, agora valorizam edifícios residenciais, aumentando aluguéis e preços de novos projetos residenciais. Além disso, outras áreas verdes e parques públicos, nas zonas de contato de bairros socioeconomicamente distintos, são murados e fechados. Sem uma construção correta, garantindo a justiça social e espacial, sem uma ação direta do Estado no controle do aluguel e dos preços dos terrenos, na garantização da produção de habitações populares, entre outros, esses projetos urbanísticos de renaturalização podem, infelizmente e (talvez) não intencionalmente, acelerar e promover a gentrificação verde. Isso não é uma oposição aos projetos ambientais, mas a criação de uma camada extra de complexidade, rumo à justiça espacial e o direito universal à natureza na cidade.

Palavras-chave : geografia urbana; projetos de renaturalização; meio ambiente urbano; justiça espacial; mudanças climáticas.

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