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Revista de Estudios Sociales
versão impressa ISSN 0123-885X
Resumo
VEGA, Amparo. Perspectivas da estética e política em J. F. Lyotard. rev.estud.soc. [online]. 2010, n.35, pp.26-40. ISSN 0123-885X.
São apresentadas perspectivas e conceitos centrais da estética e a política da filosofa de Jean-François Lyotard. O despertar da guerra implica para Lyotard, desde seus primeiros escritos em 1948, um questionamento da política, a pergunta por uma filosofa crítica (A Fenomenologia 1954) e um distanciamento posterior da filosofa durante os anos de sua militância com o grupo marxista que publica a revista Socialismo ou Barbárie, onde permanece até 1966. Por que filosofar? (1964) recolhe a experiência anterior e define a orientação e temas das pesquisas posteriores sobre a filosofa crítica, a partir das quais se pensam a estética e a política e os conceitos que as relacionam. Uma primeira perspectiva crítica da estética está centralizada na relação do desejo com as artes e com o discurso crítico desde Discurso figura (1971) até Economia libidinal (1974), concluindo com uma estética e um política "nietzschianas" como derivas das intensidades libidinais mais fortes. A avaliação destas práticas na economia libidinal e os dispositivos do capitalismo, especialmente, levam a Lyotard a uma mudança de perspectiva. Desde análises pragmáticas dos jogos de linguagem de discursos, saberes e relatos, bem como de práticas e instituições de sociedades avanças, A condição pós-moderna (1982-1985) integra a maneira estética do juízo refexionante (Kant) à proposta de um "saber crítico" pós-moderno. O entusiasmo (1986) propõe uma analogia do juízo estético e crítico com o do político. Pela multiplicação das linguagens e de sua heterogeneidade, surgem confitos insolúveis, tratados por Lyotard principalmente no conceito de diferendo (A diferença 1983), o sublime em A pós-modernidade (explicada às crianças) e O Desumano. No percurso deste trajeto o texto define passos e elementos análogo entre a crítica, a estética e a política.
Palavras-chave : Jean-François Lyotard; estética; política; filosofa crítica; desejo - derivas; intensidades; economia libidinal; diferendo sublime.