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Revista de Estudios Sociales
versão impressa ISSN 0123-885X
Resumo
RENDUELES, César. A governança emocional no capitalismo avançado. Entre o niilismo emotivista e o neocomunitarismo adaptativo. rev.estud.soc. [online]. 2017, n.62, pp.82-88. ISSN 0123-885X. https://doi.org/10.7440/res62.2017.08.
Desde suas origens históricas, o capitalismo desenvolveu uma cultura emocional crescentemente complexa e conflitiva que culminou no individualismo expressivo característico da globalização neoliberal. O pós-fordismo desenvolveu formas intensas de autoexame emocional e cultivo do desejo, com o objetivo de superar a contradição tradicional entre o ascetismo calvinista, próprio do mundo do trabalho, e o hedonismo consumista. O resultado deveria ter sido uma “democracia das emoções” que relaxaria os conflitos de classe e estenderia a cultura cívica progressista à esfera íntima mediante uma comunicação emocional fluida. Entretanto, como logo mostrou a crítica comunitarista, o emotivismo neoliberal conduziu a uma desfundamentação ética que atirou as sociedades capitalistas à intempérie subjetiva, à vida danificada e ao mal-estar emocional, como demonstra a epidemia contemporânea de transtornos psiquiátricos relacionados com o humor.
Palavras-chave : Capitalismo emocional; comunitarismo; empresário de si mesmo; individualismo expressivo.