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Antipoda. Revista de Antropología y Arqueología

versão impressa ISSN 1900-5407

Resumo

FUENZALIDA, Nicole  e  OLIVARES-DEL-REA, Catalina. Cuidados nas equipes profissionais. Reflexões a partir do arquivo oral e da memória do Cuartel Borgoño (1977-1989), Santiago do Chile. Antipod. Rev. Antropol. Arqueol. [online]. 2021, n.45, pp.125-150.  Epub 22-Nov-2021. ISSN 1900-5407.  https://doi.org/10.7440/antipoda45.2021.06.

O objetivo deste artigo é apresentar as reflexões que surgiram de modo posterior ao desenvolvimento de uma experiência de cuidados das equipes de profissionais que apoiam, pesquisam e coletam depoimentos vinculados a violações de direitos humanos e à elaboração do passado ditatorial chileno. A experiência de cuidados é baseada no método do psicodrama, aplicado sob o formato de oficina, ao longo de três sessões de aproximadamente duas horas de duração, nos meses de desenho e execução das entrevistas do projeto de arquivo oral “Resistir Recordando” (2019), que durou um ano. Esse projeto teve uma abordagem arqueológico-antropológica, criado às sombras da Corporação Memória Borgoño, coletivo que procura construir um lugar de memória para o ex-centro secreto de detenção, tortura e extermínio Cuartel Borgoño (1977-1989), localizado em Santiago do Chile. É apresentada uma análise qualitativa dos instrumentos utilizados na oficina de cuidados, especialmente a redação de cartas, a observação e as anotações pessoais, para explicar as abordagens, as decisões de abordagem, o escopo e as projeções. A partir de uma perspectiva que reúne os princípios da ética de Dussel e da etnografia multissituada e que entende os atores sociais como colaboradores, é tratado o conceito de alteridade presente no trabalho sobre a memória. Concluímos que, em geral, os trabalhos pela memória e pelas pesquisas sobre violações dos direitos humanos, centralizados na voz testemunha-vítima, desenvolvem ações de autocuidado que patologizam e individualizam a problemática. Este artigo propõe considerar a figura dos profissionais e o âmbito da memória como espaço de trabalho suscetível de ser cuidado. Assim, abre um contexto novo de discussão sobre a prática de cuidado das equipes profissionais, que implica considerar outros lugares de enunciação e escuta, desde o reconhecimento da densidade que adquirem o tratamento de “nossa catástrofe”, a alteridade envolvida no trabalho de memória e o caráter não resolvido que a violência implica.

Palavras-chave : arquivo oral; cuidado; doença profissional; estudo de caso; memória..

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