Resumo

AMARIS-CERVANTES, Orlando. Sem plantas nem árvores: a expansão das pastagens nos municípios costarriquenhos de Mora e Puriscal, primeira metade do século XX. Historelo.rev.hist.reg.local [online]. 2023, vol.15, n.32, pp.175-207.  Epub 16-Dez-2022. ISSN 2145-132X.  https://doi.org/10.15446/historelo.v15n32.97417.

Este artigo expõe a forma como as gramíneas africanas e variedades de gado nativas da Índia modificaram o uso da terra na periferia costarriquenha, especificamente nos municípios de Mora e Puriscal. Em particular, destaca nas primeiras décadas do século XX a expansão nessas áreas de uma determinada gramínea chamada Calinguero -Melinis multiflora- promovida pela Revista da Escola Nacional de Agricultura, um meio de divulgação científica. Na reconstrução dessas transformações produtivas, bem como nos efeitos na paisagem desses dois municípios, foram utilizadas fontes primárias como documentos de arquivo, publicações da época e entrevistas com agricultores e vaqueiros octogenários de ambos os municípios; assim como fontes secundárias que nos permitem compreender esta parte da história ambiental do país centro-americano, especificamente em regiões não cafeeiras dedicadas à produção de alimentos. Por fim, a seleção das gramíneas plantadas foi feita entre variedades provenientes de latitudes tropicais incluídas nas rotas comerciais organizadas pelos europeus. Assim, as pastagens dominaram outras espécies e outras superfícies produtivas, verificando uma simplificação ecológica mais acentuada do que a ocorrida em agroecossistemas como a policultura e os cafezais.

Palavras-chave : história ambiental; pastagens; pecuária; Costa Rica; transformações ambientais.

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