Objetivo:

O objetivo deste artigo é analisar a trajetória histórica da deficiência intelectual no Chile no período 1928-1950, desde a reforma educativa que reconhece que todos os cidadãos devem ser educados independentemente da sua condição, até ao aparecimento da pedagogia terapêutica, que coincide com o fim dos governos radicais no Chile.

Originalidade/Contribuição:

A investigação surge devido à escassa evidência empírica sobre a história da deficiência intelectual no Chile. A investigação sobre a história da educação das crianças com deficiência mental é praticamente inexistente neste país.

Método:

A metodologia é de carácter qualitativo, situa-se a partir de um paradigma interpretativo com um desenho historiográfico. Utiliza um desenho conhecido como revisão bibliográfica sistemática dos regulamentos sobre a deficiência.

Estratégias/ coleta de datos:

A revisão e análise de fontes primárias e secundárias foram efectuadas em três áreas específicas de estudo: 1) regulamentação da deficiência intelectual no Chile, 2) concetualização de modelos de deficiência intelectual, e 3) marcos históricos da deficiência no período de 1928 e 1950.

Conclusão:

A história da educação de pessoas com deficiência intelectual no Chile neste período - a partir do estudo dos regulamentos - foi permeada desde seus primórdios por um modelo segregacionista e discriminatório que emerge das políticas, invade a semântica e gera diversos marcos constitutivos da disciplina que é necessário aprofundar para compreender os fundamentos epistemológicos que fundamentam a educação inclusiva. As técnicas científicas da época identificaram através de parâmetros biomédicos uma relação causal entre o subdesenvolvimento físico e cognitivo.

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