Serviços Personalizados
Journal
Artigo
Indicadores
- Citado por SciELO
- Acessos
Links relacionados
- Citado por Google
- Similares em SciELO
- Similares em Google
Compartilhar
Hallazgos
versão impressa ISSN 1794-3841versão On-line ISSN 2422-409X
Resumo
SOTO AGUIRRE, JOHNATAN ANDRÉS. Itagüí: violência estatal e violência narcoparamilitar: uma reflexão a partir do municipal sobre o monopólio da violência legitimada do Estado. Hallazgos [online]. 2020, vol.17, n.34, pp.241-269. Epub 01-Set-2020. ISSN 1794-3841. https://doi.org/10.15332/2422409x.5239.
Para explicar a existência e o controle que os grupos armados ilegais (GAI) associados ao narcotráfico exercem, são recorrentes as argumentações apoiadas em ideias como a ausência do Estado, a exclusão de serviços de segurança e justiça ou a referência às subculturas da ilegalidade. O objetivo deste texto é questionar os referenciais interpretativos que supõem que a ausência do Estado é precondição para o crescimento do poder ilegal ou que o fortalecimento da capacidade coerciva do Estado implica seu desaparecimento. Ao aproximarmos da relação entre o Estado, os GAI e as práticas e representações cidadãs a partir do municipal, encontramos um processo contínuo em que os diferentes atores coexistem, interagem e se reproduzem em contextos híbridos de ilegalidadelegalidade. Itagüí é um exemplo claro da necessidade de pensar o monopólio da violência legitimada do Estado com base em outros referenciais explicativos, nos quais se considere que a ação do Estado dependerá das relações sociais contextualizadas, que não há tal coisa como o poder geral do Estado e que é necessário identificar o conjunto de poderes particulares no local e sua maneira de vincular-se para gerar estruturas específicas de dominação.
Palavras-chave : ausência do Estado; contextos híbridos de ilegalidade-legalidade; narcoparamilitarismo; poder estatal.