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Escritos
versão impressa ISSN 0120-1263
Resumo
SANCHEZ NOGUERA, Jorge Mario. MODERNIDADE LÍQUIDA EM OS DETETIVES SELVAGENS DE ROBERTO BOLAÑO. Escritos - Fac. Filos. Let. Univ. Pontif. Bolivar. [online]. 2014, vol.22, n.48, pp.189-214. ISSN 0120-1263.
Neste artigo analiso as consequências do exílio em vários personagens de Os detetives selvagens de Roberto Bolaño (2006), especificamente Ulisses Lima e Arturo Belano, os quais, depois da morte de Cesária Tinajero, partem do México e iniciam um itinerário por países da Europa, Oriente Médio, América Central e África. Este desterro físico, ideológico e espiritual, causado pela perda de seus ideais da juventude, os faz viver "vidas líquidas", isto é, vidas regidas pelas experiências de insegurança, incerteza e desproteção. O tema do exílio também afeta a estrutura da novela, sobretudo no que tem relação com a utilização, na segunda parte, de múltiplos narradores, que vão contando episódios acerca de Lima, Belano e outros membros do realismo visceral. Para abordar estes temas reviso o conceito de "modernidade líquida" alcunhado por Zygmunt Bauman, levando em conta que, para ele, a modernidade líquida incentivou a extraterritorialidade no homem contemporâneo, assim como o culto ao efêmero, que afeta todos os aspectos de nossas vidas, incluindo a concepção de nós mesmos e de nossas relações sentimentais.
Palavras-chave : Crítica literária; Literatura latino-americana; Novela; Literatura contemporânea; Sociologia.