Objetivo/Contexto:

este artigo enfoca o sistema partidário argentino durante o período 2015-2019. Seu objetivo é identificar o que e o que há de novo e o quanto de continuidade neste ciclo em relação às descrições mais estabelecidas sobre o sistema partidário argentino.

Metodologia:

a análise descritiva é apoiada por dados quantitativos, usando resultados eleitorais, dados de censo e pesquisa e indicadores de nacionalização e fragmentação do sistema partidário em três arenas de competição, a presidencial, a legislativa e a provincial.

Conclusoes:

a principal conclusão da análise refere-se a um reequilíbrio de forças na competição pela presidência, com duas coalizões políticas cada vez mais nacionalizadas dominando o cenário, concentrando o apoio eleitoral e com expectativas de vitória. A consolidação dessas duas coalizões nacionais, uma Peronista e a outra não-Peronista, tornou possível fortalecer os espaços partidários como campos de importância para o eleitorado. No entanto, os sistemas partidários provinciais contornaram essa tendência, fortalecendo sua autonomia e inconsistência com relação ao sistema nacional.

Originalidade:

ao incorporar na análise dados sobre comportamento eleitoral, distribuição do poder institucional e, ao mesmo tempo, dados sobre o vínculo entre partidos e cidadania, o artigo oferece uma perspectiva que integra abordagens até então dissociadas no sistema partidário argentino. Por sua vez, o artigo trata de um período recente que ainda não havia sido estudado sistematicamente. Os dados apresentados nos permitem oferecer uma nova interpretação sobre as tendências atuais do sistema partidário argentino.