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Literatura: Teoría, Historia, Crítica
versão impressa ISSN 0123-5931
Resumo
SALINAS MORAGA, Íñigo. A morte como catalisador do romance de Miguel Delibes. Lit. teor. hist. crit. [online]. 2022, vol.24, n.1, pp.297-318. Epub 09-Mar-2022. ISSN 0123-5931. https://doi.org/10.15446/lthc.v24n1.93848.
Se é verdade que as constantes literárias da obra de Miguel Delibes são a infância, o vizinho e a natureza, não é menos verdade que praticamente todos os seus romances gravitam em torno de uma ideia obsessiva: a morte. Justamente essa recorrência temática, tanto em seus aspectos quantitativos quanto qualitativos, analisa-se neste artigo: cuantitativamente, porque não é desprezível que 364 mortes sejam explicitamente citadas em seus 26 novelas, e qualitativamente porque parece difícil imaginar sua obra. sem a morte iminente, porque mesmo naquelas obras em que a morte não é a questão central, a morte torna-se indissociável da trama principal, seja como catalisador de tudo o mais, seja como acessório indispensável do essencial. Porque a morte não é um acidente nas obras de Delibes, mas o motivo que as justifica. A presença constante da morte não pode ser separada de um certo sentimento religioso que Delibes professava, de modo que os últimos desejos sacramentais se refletem em um grande número de personagens imediatamente antes de falecer.
Palavras-chave : literatura espanhola; Miguel Delibes; morte; romance; religião.