SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
 número40Indivisos, esquema coletivo e práticas de propriedade camponesa na ColômbiaVamos formalizar!: disputas do camponês no Alto Cauca índice de autoresíndice de assuntospesquisa de artigos
Home Pagelista alfabética de periódicos  

Serviços Personalizados

Journal

Artigo

Indicadores

Links relacionados

  • Em processo de indexaçãoCitado por Google
  • Não possue artigos similaresSimilares em SciELO
  • Em processo de indexaçãoSimilares em Google

Compartilhar


Antipoda. Revista de Antropología y Arqueología

versão impressa ISSN 1900-5407

Resumo

SALAZAR, Gonzalo; RIQUELME MAULEN, Wladimir  e  ZUNIGA BECERRA, Paulina. Indígena camponês ou indígena urbano? Aproximações a partir dos processos de mobilidade mapuche na cidade intermediária de Temuco (Chile). Antipod. Rev. Antropol. Arqueol. [online]. 2020, n.40, pp.53-78. ISSN 1900-5407.  https://doi.org/10.7440/antipoda40.2020.03.

Este artigo tem o objetivo de examinar aspectos relevantes de “ser camponês indígena na cidade” por meio de processos de mobilidade. Especificamente, são abordados significados e práticas de mobilidade mapuche que conectam a cidade de Temuco e as cidades vizinhas de Maquehue e Labranza (região de La Araucanía, Chile), ambas com alta presença de comunidades indígenas. Identificamos que a dicotomia entre ser indígena rural e indígena urbano requer uma descentralização teórica que contextualiza os espaços em que essa população vive e se move. Investigamos os processos de mobilidade mapuche mediante a integração de instrumentos etnográficos (observação etnográfica e entrevistas em profundidade) com métodos móveis. Registramos os fluxos de pessoas no transporte público do sistema urbano-territorial de Temuco e realizamos a técnica de sombreamento com os mapuche em sua mobilidade diária. Essa integração foi definida como “etnografia na mobilidade” e está apoiada na articulação interdisciplinar (da Antropologia e da Geografia), além de permitir aprofundar nos processos de mobilidade camponesa mapuche em conexão com a cidade. Com isso, emergem-se três aproximações que fundamentam os resultados: espacialidades, temporalidades e identidades. Concluímos que os processos de mobilidade nos possibilitam entender o significado de ser um indígena camponês na cidade, para que nossa análise transcenda as dicotomias entre rural e urbano que prevaleceram nos estudos indígenas. O artigo aprofunda na dinâmica do camponês indígena a partir dos processos de mobilidade e inova metodologicamente ao articular dados etnográficos e socioespaciais que nos levam a transcender a visão estática e dualística predominante com a qual as populações indígenas foram estudadas no processo de urbanização.

Palavras-chave : cidade intermediária; Chile; mapuche; mobilidade; urbanismo indígena.

        · resumo em Espanhol | Inglês     · texto em Espanhol     · Espanhol ( pdf )