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Revista Colombiana de Obstetricia y Ginecología
Print version ISSN 0034-7434On-line version ISSN 2463-0225
Rev Colomb Obstet Ginecol vol.55 no.4 Bogotá Oct./Dec. 2004
* Médica Ginecologista. Preceptora Mestre do Serviço de Ginecologia do HSL/PUCRS. Membro do Fertilitat Centro de Medicina Reprodutiva.
** Médica Ginecologista. Professora Mestre da Faculdade de Medicina PUCRS. Chefe do Serviço de Ginecologia do HSL/PUCRS. Diretora do Fertilitat - Centro de Medicina Reprodutiva.
*** Acadêmica da Faculdade de Medicina da PUCRS.
**** Acadêmica da Faculdade de Medicina da ULBRA.
***** Médico Ginecologista. Professor da Faculdade de Medicina PUCRS. Diretor do Fertilitat - Centro de Medicina Reprodutiva.
Trabajo realizado nel Fertilitat Centro de Medicina Reprodutiva. Porto Alegre, Brasil.
Correspondência: Adriana Arent. Quintino Bocaiúva, 1617/301, Porto Alegre, RS. Brasil. CEP:90440-051. e-mail: adriarent@ig.com.br - fertilitat@fertilitat.com.br
RESUMEN
Objetivo: evaluar la influencia del tabaquismo femenino, activo y pasivo, sobre los resultados de la fertilización in vitro (FIV) de mujeres fumadoras.
Diseño: estudio de cohorte.
Materiales y métodos: ciento diecinueve (119) parejas fueron sometidas a FIV, en primerintento, cuya indicación fue el factor tubario, fueron divididos en 3 grupos: mujeres no fumadoras (n=81), mujeres fumadoras pasivas (n=15) y mujeres fumadoras verdaderas (n=23). Los resultados de laboratorio de la FIV fueron analizados en separado.
Resultados: las mujeres fumadoras tuvieron un bajo índice de fertilización (40,7%) y mala calidad embrionaria (70,6%) en comparación con las no fumadoras (59,1% y 82,5%) y las fumadoras pasivas (67,4% y 87,9%) (p<0,05). No se ha encontrado diferencia en el numero de oocitos obtenidos y de embriones clivados entre los grupos.
Conclusiones: los resultados indican que el éxito de la FIV puede estar afectado negativamente en las fumadoras, donde el índice de fertilización es menor y la calidad embrionaria peor.
Palabras clave: tabaco, tabaquismo, nicotina, infertilidad, FIV
SUMMARY
Objective: to evaluate the influence of female cigarette smoking on laboratory results of in-vitro fertilization (IVF).
Design: cohort study.
Patients and methods: a total of 119 infertile couples, who were submitted to the first cycle of IVF due to tubal factor, were divided in three groups: non-smokers women (n=81), passive smokers women (n=15) and active smokers women (n=23). The laboratorial results of IVF were analyzed among the sub-groups.
Results: women who smoked had a lower fertilization rate (40.7 %) and a worse embryo quality (70.6%) than the non-smokers (59% and 81.3%) and the passive smokers (67.4% and 87.9%) (p<0.05). There were no significant differences on the number of oocytes retrieved and embryo cleavage rate between the different groups.
Conclusions: the results of this study indicate that the success of IVF can be affected negatively in the smoker women, due to smaller fertilization rate and the worse embryonic quality.
Key words: tobacco, smoking, nicotine, infertility, IVF
INTRODUÇÃO
Usado inicialmente nas Américas, com propósitos religiosos e em cerimônias, o tabaco, em 1942, começou a ser levado para a Europa. Hoje, um terço da população mundial de 15 anos ou mais é fumante, o que corresponde a 1,2 bilhões de pessoas.1 A prevalência do tabagismo entre homens tem se mantido em torno de 50%, enquanto que a prevalência entre as mulheres tem aumentado substancialmente nos últimos 20 anos, marcadamente entre as mais jovens. Na Inglaterra, aos 15 anos de idade 33% das meninas são tabagistas.2 Dados nacionais recentes têm mostrado prevalência ao redor de 40% entre homens e 25% entre mulheres.3
Os efeitos negativos do consumo de cigarros sobre a saúde geral são bem conhecidos, mas o tabagismo pode afetar também a fertilidade. A nicotina e outros agentes derivados do tabaco podem atuar ao nível de hipotálamo e hipófise, ovários, trompas de falópio, oócitos, embriões e endométrio.4-11 Nas mulheres o tabagismo está associado com diminuição dos níveis circulantes de estrogênio5 e menopausa antecipada.12 O consumo de cigarros pode diminuir a mobilidade e a função ciliar do epitélio da tuba, justificando a base biológica para a associação entre o tabagismo e a doença inflamatória pélvica.13 Além disso, pode aumentar o risco de infertilidade devida ao fator cervical, possivelmente secundário ao fato de que o muco cervical de fumantes contém componentes do tabaco que podem ser tóxicos aos espermatozóides.14,15
Quanto à reprodução assistida, a nicotina e seus metabólitos podem determinar redução do número de folículos, diminuição das taxas de fertilização e gestação nos tratamentos de fertilização in vitro (FIV), e aumentar a taxa de abortamento.16 Mas os resultados da literatura são conflitantes e muitas vezes a exposição passiva ao cigarro não é levada em consideração. A maioria dos estudos mostra que mulheres tabagistas apresentam sucesso menor nos procedimentos de FIV.17,18 A reposta ovariana diminuída nas pacientes tabagistas tem sido apontada como uma das principais razões para o resultado inferior da FIV em tabagistas.
Este estudo avalia o impacto do tabagismo feminino (ativo e passivo) sobre a taxa de recuperação oocitária e sobre os resultados laboratoriais (taxa de fertilização, taxa de clivagem e qualidade embrionária) em um programa de FIV.
PACIENTES E MÉTODOS
Desenho do estudo: estudo de coorte.
Pacientes: foram avaliados 119 casais inférteis que estavam realizando o primeiro ciclo de FIV. Os critérios de inclusão para este estudo foram: a) fator tubário como causa da infertilidade; b) espermograma normal e c) folículo-aspiração após a estimulação hormonal. As pacientes foram divididas em três grupos de acordo com o tipo de exposição ao tabaco: A) tabagistas (n=23), B) tabagistas passivas (n=15) e C) não tabagistas (n=81). Os critérios de exclusão foram história de cirurgia ovariana (ooforoplastia, ooforectomia) e tabagismo no passado.
A história de tabagismo foi coletada através de questionário preenchido pelos casais durante consulta médica. Mulheres que nunca fumaram ou foram consideradas não-tabagistas, enquanto que as que fumavam diariamente foram consideradas tabagistas. O grupo de tabagistas passivas foi constituído por pacientes não tabagistas cujos companheiros eram fumantes.
Local: Fertilitat Centro de Medicina Reprodutiva. Centro privado de atendimento terciário, com média de 300 ciclos FIV/ano. Acreditado pela Red Latinoamericana de Reproducción Asistida. Porto Alegre, RS, Brasil.
Procedimento de FIV
As pacientes foram submetidas à estimulação ovariana com gonadotrofina menopáusica humana (hMG) após dessensibilização hipofisária com acetato de leuprolide, utilizando protocolos de indução já estabelecidos.19,20 O desenvolvimento folicular foi controlado por ecografia transvaginal e foi administrado gonatotrofina coriônica humana (hCG) quando pelo menos dois folículos apresentavam 18 mm de diâmetro. A aspiração folicular foi realizada 35 horas após o hCG, por via transvaginal, sob visão ecográfica.21 O líquido folicular aspirado era enviado imediatamente ao laboratório de reprodução assistida para screening dos oócitos. Foram inseminados os oócitos em estágio de metáfase II (M II).
A coleta seminal foi realizada por masturbação e o sêmen preparado por percoll. A inseminação foi realizada 4 horas após a coleta oocitária, utilizandose 100.000 espermatozóides móveis/oócito. A fertilização foi comprovada pela presença de dois pró-nucleos e corpo polar dividido,18 a 20 horas após a inseminação. Os oócitos fertilizados foram cultivados com meio de cultura HTF® (human tubal fluid, Irvine Scientific) suplementado com 15% de SSS (serum substite solution, Irvine Scientific).
A divisão embrionária foi observada 24 e 48 horas após a fertilização. O grau morfológico usado para classificar os embriões foi baseado nos critérios da Rede Latinoamericana de Reprodução Assistida (Quadro 1), que utiliza os parâmetros de simetria de blastômeras e percentagem de fragmentação citoplasmática.22 Segundo esta classificação os embriões são graduados em grau I, grau II, grau III e grau IV sendo considerados os melhores embriões aqueles com graus I e II.
Variáveis analisadas
Oócitos recuperados: número total de oócitos obtidos na aspiração folicular, em
Oócitos recuperados por paciente: é o número oócitos recuperados dividido pelo número de pacientes.
Óócitos inseminados: é número de oócitos que foram inseminados.
Oócitos fertilizados: é o número de oócitos que fertilizaram.
Taxa de fertilização: é o número de oócitos fertilizados dividido pelo número de oócitos inseminados, multiplicado por 100 (percentual).
Embriões divididos: é o número de oócitos fertilizados que se dividiram, gerando embriões.
Taxa de clivagem embrionária: é o número de embriões divididos dividido pelo número de oócitos fertilizados, multiplicado por 100 (percentual).
Qualidade embrionária: é uma classificação embrionária, para a qual foram utilizados os critérios da Red Latinoamericana de Reproducción Asistida (RED) (Quadro 1).
Análise estatística:
Neste estudo foram avaliados os resultados laboratoriais da IVF em 3 grupos de pacientes, divididos segundo a exposição ao tabaco. O número de oócitos recuperados por paciente foi analisado pelo teste de Anova. As taxas de fertilização oocitária, de clivagem embrionária e de qualidade embrionária foram analisados utilizando teste do à2 Um erro á de 5% (p<0,05) foi considerado significativo.
Ética:
Todas pacientes assinaram termo de consentimento informado antes do tratamento de fertilização, disponibilizando a utilização de seus dados para fins científicos; sendo este procedimento aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Nenhum procedimento além dos necessários ao tratamento de fertilização assistida foi realizado.
RESULTADOS
Foi avaliado um total de 119 ciclos, dos quais 23 de mulheres tabagistas (grupo A), 15 de mulheres tabagistas passivas (grupo B) e 81 de mulheres não tabagistas (grupo C) (Tab 1). A idade média destas mulheres foi de 35,1 anos, sem diferença estatística entre os 3 grupos.
O tabagismo não interferiu sobre o número de oócitos recuperados por paciente (grupo A = 11,4; grupo B = 8,5 e grupo C = 8,6; p>0,05) assim como também não afetou a taxa de clivagem embrionária (grupo A = 86,1%; grupo B = 90,6% e grupo C = 76,4%; p>0,05) (Tab 1).
A taxa de fertilização das pacientes tabagistas (40,7%) foi significativamente inferior (p<0,05) quando comparada à de tabagistas passivas (67,4%) e à de não tabagistas (59%) (Tab 1).
A qualidade embrionária também foi negativamente afetada no grupo de pacientes tabagistas, onde embriões de boa qualidade totalizaram 70,6% dos embriões clivados no grupo A, em comparação com os percentuais de 87,9% e 82,5% nos grupo B e C, respectivamente (p<0,05) (Tab 1).
DISCUSSÃO
A literatura tem sugerido que mulheres tabagistas apresentam uma probabilidade diminuída de sucesso nos procedimentos de FIV quando comparadas àquelas não fumantes, e a reserva ovariana diminuída tem sido sugerida como o mecanismo chave deste resultado. Uma pobre resposta ao teste do clomifeno sugere diminuição de reserva ovariana e tem sido encontrada mais freqüentemente em fumantes.11 Outra medida de reserva ovariana é a dosagem de FSH na fase folicular inicial. Um nível elevado de FSH é preditivo de má resposta à indução da ovulação e piores resultados nos tratamentos de FIV e um estudo demonstrou que mulheres tabagistas apresentam níveis basais de FSH superiores ao de não fumantes.5,23 Alguns autores observaram redução do número de oócitos em pacientes fumantes submetidas a FIV, quando comparadas a não fumantes.24 No presente estudo não houve diferença estatisticamente significativa no número de oócitos recuperados por pacientes tabagistas, tabagistas passivas e não tabagistas (11,4, 8,5 e 8,6, respectivamente). Uma possível limitação deste estudo na avaliação da resposta ovariana de pacientes fumantes é que não foi levado em consideração o tempo de exposição ao tabaco e a quantidade de cigarros e não foi avaliada a taxa de cancelamento de ciclos por má resposta ovariana.
Diminuição na taxa de fertilização em pacientes fumantes foi descrita em alguns estudos,8,18,25 enquanto outros encontraram resultados similares.26-28 Esta discrepância pode ser devida a diferença nos critérios de inclusão das pacientes, como idade e diferentes protocolos de estimulação ovariana. Nossos dados concordam com os estudos que evidenciam prejuízo sobre a fertilização oocitária, uma vez que a taxa de fertilização das pacientes tabagistas (40,7%) foi significativamente inferior (p<0,05) quando comparadas aos outros grupos (Tab 1).
Estudos sobre a qualidade embrionária de pacientes tabagistas são escassos, sendo que a maior parte dos estudos é centrado sobre a resposta ovariana e a taxa de fertilização. Neste estudo observamos o impacto negativo do tabagismo sobre a qualidade embrionária. Esta relação foi observada somente nas pacientes tabagistas, e não nas tabagistas passivas. Apesar da taxa de divisão embrionária ter sido similar entre os grupos
estudados, embriões de boa qualidade totalizaram 70,6% dos embriões das pacientes tabagistas, índice significativamente inferior (p<0.05) ao das pacientes tabagistas passivas (87,9%) e ao das não tabagistas (82,5%). Estes resultados concordam com os observados por Weigert M e cols.23 que também observaram impacto negativo sobre a qualidade embrionária nas pacientes fumantes, atribuído ao aumento significante dos níveis de hormônio luteinizante (LH) nas pacientes tabagistas, além de menor número de oócitos (p = 0,002).
CONCLUSÃO
Este estudo mostra que o resultado laboratorial da FIV pode ser negativamente afetado nas mulheres tabagistas, pela menor taxa de fertilização e a pior qualidade embrionária. Não observamos prejuízo nos resultados laboratoriais de pacientes tabagistas passivas, talvez devido à baixa casuística, assim como não foi demonstrada diferença de resposta ovariana entre os grupos. Outros estudos sobre do impacto do tabagismo passivo sobre os resultados da FIV devem ser realizados, com especial atenção ao tempo de exposição ao tabaco e a quantidade de cigarros. Da mesma forma sugerese estudos com maior casuísta para avaliar a interferência do tabagismo passivo, levando-se em consideração além dos hábitos do parceiro, o ambiente de trabalho.
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