SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.61 issue172The crisis of humanism: a revision and reconstruction of the foundations of Christian humanism, facing the challenges of contemporary antihumanismFundamentals of kénosis with a woman's perspective. A reading of Philippians 2, 5-11 author indexsubject indexarticles search
Home Pagealphabetic serial listing  

Services on Demand

Journal

Article

Indicators

Related links

  • On index processCited by Google
  • Have no similar articlesSimilars in SciELO
  • On index processSimilars in Google

Share


Franciscanum. Revista de las Ciencias del Espíritu

Print version ISSN 0120-1468

Franciscanum vol.61 no.172 Bogotá July/Dec. 2019  Epub Jan 20, 2021

https://doi.org/10.21500/01201468.4463 

Teología

A Cultura do Encontro: Palavras e Gestos em Francisco

Culture of encounter: Francis’Words and Gestures

Cultura del encuentro: palabras y gestos en Francisco

Boris Agustin Nef Ulloaa  *
http://orcid.org/0000-0001-8011-6916

Adriana Barbosa Guimarãea  **
http://orcid.org/0000-0003-4189-9588

aPontifícia Universidade Católica de São Paulo; São Paulo; Brasil.


Resumo

Este estudo pretende compreender a emblemática expressão «cultura do encontro», no marco do magistério e testemunho do Papa Francisco. Desde o início de seu pontificado, a categoria «encontro» recebe destaque em seus pronunciamentos e, principalmente, nos seus gestos. Em diversos momentos da história de Israel, as palavras e os gestos foram a forma escolhida por Deus para se revelar ao seu povo, especialmente por intermédio dos profetas. Pretende-se assim, também considerar a dimensão profética de seus ensinamentos e testemunho e, dessa forma constatar como a cultura do encontro é uma atualização e epifania do Reino de Deus para os nossos dias. A abordagem consistirá em analisar como Francisco explica, descreve e propõe a cultura do encontro em seus pronunciamentos para identificar seu dinamismo. E, por fim, verificar como o próprio pontífice se exercita e promove a «cultura do encontro» mediante a consideração de suas 27 viagens apostólicas fora da Itália.

Palavras-chave: Cultura do Encontro; Diálogo; Gestos; Papa Francisco; Periferias existenciais

Abstract

This study aims at understanding the emblematic expression «culture of encounter» within the framework of the Church Magisterium and witness of Pope Francis. From the beginning of his pontificate, the category «encounter» has been prominent in his discourses and, above all, in his gestures. At various times in Israel's history, words and gestures were God's chosen way of revealing himself to his people, especially through the prophets. It is therefore intended to also consider the prophetic dimension of his teachings and testimony and thus to see how the culture of the encounter is an actualization and epiphany of the Kingdom of God for our day. The approach is an analysis of how Pope Francis explains, describes and proposes the culture of encounter so as to identify its dynamism. This work will seek to verify how the same pontiff exercises and promotes the «culture of the encounter» by considering his apostolic visits outside Italy.

Keywords: Culture of Encounter; Dialogue; Gestures; Pope Francis; Existential Peripheries

Resumen

Este estudio pretende comprender la emblemática expresión «cultura del encuentro» en el marco del magisterio y testimonio del Papa Francisco. Desde el inicio de su pontificado, la categoría «encuentro» se destaca en sus pronunciamientos y, principalmente, en sus gestos. En diversos momentos de la historia de Israel, las palabras y los gestos fueron la mediación de la que se sirvió Dios para revelarse a su pueblo, especialmente por los profetas. En este estudio se busca considerar la dimensión profética de la enseñanza y del testimonio de Francisco para verificar cómo la cultura del encuentro es una actualización y epifanía del Reino de Dios para nuestros días. El planteamiento consistirá en analizar cómo Francisco explica, describe y propone la cultura del encuentro para identificar su dinamismo. Y, finalmente, verificar cómo el mismo pontífice ejercita y promueve la «cultura del encuentro» mediante la consideración de sus viajes apostólicos fuera de Italia.

Palabras claves: Cultura del encuentro; diálogo; gestos; papa Francisco; periferias existenciales

Introdução

Desde sua primeira aparição pública como Bispo de Roma, o Papa Francisco surpreendeu com novas formas de se relacionar com o povo de Deus e o público em geral. Novidade anunciada em primeiro lugar pelo nome escolhido «Francisco», o primeiro pontífice a assumi-lo. Ademais, a novidade também se apresenta em outros elementos: o primeiro papa do continente latino-americano, o primeiro papa jesuíta e o primeiro não europeu desde o século VIII1. Eleito em 13 de março de 2013, o novo Papa adotou gestos e palavras que carregam em si a novidade e a alegria do Evangelho que ele mesmo busca testemunhar e promover. «Cultura do encontro2» é uma das novas expressões que reiteradamente aparece em seus discursos e que desperta a atenção. A cultura do encontro será abordada a partir de seus pronunciamentos visando compreender esse conceito no pensamento de Francisco e identificar o seu dinamismo e, posteriormente, verificaremos como se aplica aos encontros de Francisco em suas viagens apostólicas fora da Itália.

1. O que é «cultura do encontro»?

O capítulo III da Exortação Apostólica Evangelii Gaudium trata do anúncio do Evangelho. Francisco reconhece que o povo de Deus que anuncia o Evangelho é um «povo com muitos rostos» que se expressam em suas diversas culturas3. A cultura é um elemento conatural ao ser humano, brota da sua natureza social, visto que a pessoa humana é um «ser em relação». Ao explicar o que entende por cultura destaca o aspecto da relacionalidade4: «Trata-se do estilo de vida que uma determinada sociedade possui, da forma peculiar que têm os seus membros de se relacionar entre si, com as outras criaturas e com Deus»5. É nas relações que a cultura surge e se desenvolve e dessa forma cada povo, «na sua evolução histórica, desenvolve a própria cultura com legítima autonomia»6.

Toda essa realidade é uma riqueza para a vida social e para a evangelização. Tais relações das pessoas do mesmo povo e dos povos entre si implicam a experiência do «encontro», cujo desdobramento deve ser a generosidade do dom de si. Dessa forma, quando Francisco exorta a promover a cultura do encontro, está indicando que tal dinamismo implica sair de si com a finalidade de ir rumo ao outro para fazer-lhe o bem, para servir, para levar a alegria do evangelho. Isto deve ser um «estilo de vida», algo conatural na forma de as pessoas e os povos se relacionarem. E, mais que dar definições, descreve o que seria a cultura do encontro. Em discurso a um grupo de líderes no Brasil afirmou: «A única maneira para uma pessoa, uma família, uma sociedade crescer, a única maneira para fazer avançar a vida dos povos é a cultura do encontro; uma cultura segundo a qual todos têm algo de bom para dar [...]»7. Tal, atitude oferece um caminho fecundo, trilhado no diálogo que gera relações fundadas na «humildade social».

Evidenciam-se alguns aspectos do pensar de Francisco sobre a cultura do encontro em uma abordagem social: trata-se de uma condição para o desenvolvimento da pessoa, da família e da sociedade, enfim, dos povos. Implica reciprocidade, não é apenas dar para o outro, mas também receber dele. Tomar a iniciativa e aproximar-se livre de condicionamentos com uma autêntica «humildade social» para favorecer o diálogo. Para que haja de fato uma reciprocidade positiva é imprescindível reconhecer a alteridade e a dignidade do outro. O outro é diferente, tem certamente outras referências e experiências culturais, porém, através do encontro e do diálogo é possível harmonizar as diferenças8 e interagir. A cultura do encontro implica tornar-se o próximo do outro, eliminar as distâncias e condicionamentos que levam ao isolamento, indiferença ou irresponsabilidade. Implica dar o passo de olhar para o «próximo» como irmão. Dessa forma o encontro torna-se epifania do Reino na sociedade.

O diálogo é um dos principais instrumentos da cultura do encontro e o Papa Francisco insiste em que seja amplo e aberto com todas as pessoas: o diálogo ecumênico, inter- religioso, com os não crentes, com as ciências, com o mundo do trabalho, da economia, da política, da arte etc. Encontrar-se com aqueles que têm outras opiniões e diferentes opções não quer dizer abdicar dos próprios princípios, valores e convicções9. Um encontro autêntico não coloca em risco a própria identidade, senão que a enriquece com aquilo que o outro oferece. A dinâmica do diálogo requer falar e ouvir, receber e dar, portanto, parte do reconhecimento do outro como alguém valioso, que tem algo a oferecer10.

Na encíclica Laudato Si, sobre o cuidado da casa comum, sugere a importância de desenvolver a capacidade de ver a realidade em chave trinitária. Tal empreendimento consiste em, a modo de analogia, reconhecer a estrutura trinitária de inter-relações que há em tudo o que existe e assumir na própria existência «aquele dinamismo trinitário que Deus imprimiu nela desde a sua criação. Tudo está interligado, e isto convida-nos a maturar uma espiritualidade da solidariedade global que brota do mistério da Trindade»11.

2. Dinamismo da Cultura do Encontro

Para compreender o dinamismo da cultura do encontro é importante considerar a relação que tem com outras categorias cunhadas pelo Papa Francisco: «Igreja em saída», «discípulo missionário»12 e «periferias existenciais». Mesmo que algumas dessas categorias correspondam particularmente à vida cristã, o apelo a promover a cultura do encontro não se restringe aos cristãos, senão que se dirige a todas as pessoas.

2.1. Ponto de partida: ser encontrado por Cristo e encontrá-lo

Cristo é o centro da vida da Igreja e da vida do discípulo missionário13, é Cristo quem concede a graça divina, ama e salva. O discípulo missionário é alguém que, a exemplo dos primeiros discípulos, fez a experiência do «encontro mais importante e decisivo de sua vida que os havia preenchido de luz, força e esperança: o encontro com Jesus, sua rocha, sua paz, sua vida»14. O desenvolvimento dessa experiência lhe proporciona uma sólida espiritualidade, pela qual se cultiva a dimensão contemplativa que permite a união com Cristo. Tal união é o segredo de sua fecundidade pastoral e deve ser proporcional ao desejo de ir rumo às «periferias existenciais»15. A experiência de ter sido tocado e transformado pela graça de Cristo é o motor que impulsiona este dinamismo.

Convido todo cristão, em qualquer lugar e situação que se encontre, a renovar hoje mesmo o seu encontro pessoal com Jesus Cristo ou, pelo menos, a tomar a decisão de se deixar encontrar por Ele, de procura-lo dia a dia sem cessar. Não há motivo para alguém poder pensar que este convite não lhe diz respeito, já que “da alegria trazida pelo Senhor ninguém é excluído”16.

É importante tanto ir ao encontro de Jesus como deixar-se encontrar por Ele. Quiçá, o deixar-se encontrar seja o mais próximo da experiência do Reino, pois é Deus que sem cessar vem ao encontro da pessoa humana. O cristianismo não consiste na adesão a uma conduta ética, mas em primeiro lugar, a um encontro com uma pessoa e o encontro com a pessoa de Jesus, que dá à vida um novo sentido e um novo rumo17. Tal empreendimento faz parte de um processo de conversão pessoal, de ordenação da própria vida para ajustá-la ao projeto do Reino que Jesus propõe através do Evangelho. Por isso, aquele que se encontra com ele ou se deixa encontrar, procura que as próprias palavras e ações sejam sinal do Reino de Deus no mundo.

2.2. O Lugar de Cristo e o lugar do discípulo missionário: o centro e a periferia

O discípulo missionário é um «descentrado», isto é, um sujeito transcendente18, que sai de si e que anuncia o evangelho para todos sem exceção porque entendeu que o seu lugar não é no centro, já que este lugar corresponde a Cristo. Ser descentrado se opõe à autorreferencialidade. O lugar do discípulo missionário é a periferia, por isso, o cristão deve viver em «tensão para as periferias»19.

Na abordagem geográfica do conceito de periferia, entende-se que seja uma região afastada do centro, região limite. No contexto urbano, trata-se da região que geralmente abriga população de baixa renda, embora, no centro das grandes metrópoles, haja os miseráveis e excluídos do centro. Considerada no contexto mundial, periferia seria o conjunto dos países pouco desenvolvidos em relação às grandes potências político-econômicas, estas consideradas como centro de um sistema socioeconômico mundial.

No entanto, quando se pensa em chave da vida humana, da sua existência, a periferia existencial pode se referir à condição de estar à margem do que é central na vida e na existência, àquelas condições que geram carências pelas quais, por diversas razões, as pessoas não têm vida em plenitude20. Diversos são os tipos de carências e pobrezas em nossas sociedades: materiais, culturais, intelectuais, profissionais, morais, espirituais, emocionais etc. Tal situação impele os discípulos missionários a descobrirem nos pobres as feridas da «carne de Cristo», a partir do olhar contemplativo e do compromisso com os valores do evangelho: «esta é a nossa pobreza: a pobreza da carne de Cristo, a pobreza que nos trouxe o Filho de Deus com a sua Encarnação. A Igreja pobre para os pobres começa pelo dirigir-se à carne de Cristo»21.

Francisco faz referência às pessoas em situações de carências, de miséria e pobreza, o último dos últimos e que devem ser os primeiros, mas não os únicos, destinatários da boa nova. Contudo, as periferias da existência atingem todas as classes sociais, pois se referem a qualquer situação ou mal que impeça a pessoa de ter vida em plenitude: a falta de sentido na própria vida, a violência social e doméstica, o abandono e o desprezo às vezes dentro da própria casa, a dependência química. É cada vez maior o número de pessoas que vivem na periferia da sua existência. Segundo relatórios da Organização Mundial de Saúde (OMS), a depressão já é a doença mais incapacitante desde o ano de 201022; além disso, em média, no mundo, mais de 800 mil pessoas cometem suicídio ao ano, o que equivale a um suicídio a cada 40 segundos23.

A população mundial vive um período de crise existencial, ainda em meio a tanto desenvolvimento e possibilidades inimagináveis oferecidas pelas ciências e tecnologia. É cada vez mais difícil descobrir e realizar o sentido da própria existência, prova disso são as estatísticas supramencionadas. A respeito do crescente número de suicídios no Brasil, afirma Amarante não ser verdade que o Brasil seja um «país alegre», pois sofre um processo de grande individualismo e competitividade, que influenciam as ideias de suicídio, especialmente por causa da solidão nas grandes cidades24. Este é o drama existencial, não exclusiva, mas principalmente nos grandes centros urbanos e o discípulo missionário também está chamado a ir ao encontro do irmão que se encontra nessas periferias da existência. Onde o centro não é a vida plena que o encontro e o compromisso com o Reino de Deus pretendem desenvolver.

2.3. Envio às periferias existenciais para «dar vida»

A proclamação do Evangelho será uma base para restabelecer a dignidade da vida humana nestes contextos, porque Jesus quer «dar vida em abundância» nas cidades. Um dos caminhos seguros para reverter essas realidades é precisamente arriscar-se no encontro que resgata.

Testemunha do Evangelho é alguém que encontrou Jesus Cristo, que O conheceu, ou melhor, que se sentiu por Ele conhecido, reconhecido, respeitado, amado e perdoado; e este encontro sensibilizou-o em profundidade, enchendo-o de uma alegria nova, de um significado renovado para a sua vida. E isto transparece, comunica-se, transmite-se aos outros25.

O encontro com Jesus e consigo mesmo impulsiona ao encontro com os irmãos para partilhar a maravilha da experiência do Reino e para colocar-se a serviço, a exemplo de Jesus. A presença diante do outro deve ser plena, em atitude do coração de serena atenção26, fruto de um espírito contemplativo, que é capaz de descobrir nas outras pessoas e criaturas, a presença de Deus. Aqui se evidencia que a cultura do encontro também se opõe ao estatismo, à imanência absoluta27.

Há diversas iniciativas no seio da Igreja e da sociedade dedicadas ao resgate da vida e da dignidade das pessoas em situação de abandono e vulnerabilidade. Vítimas de culturas denunciadas por Francisco e que se opõem à cultura do encontro: a cultura da exclusão, cultura do descartável e a cultura da globalização da indiferença28. O discípulo missionário não pode viver como se essa realidade não existisse. A misericórdia29 deve ser o sinal distintivo e permanente dessa Igreja em permanente estado de missão. Essa é a razão que impulsiona o Papa Francisco a insistir com tanta força em que a Igreja seja uma «Igreja em saída», que saia de si mesma rumo às periferias existenciais, sejam elas quais forem.

Na periferia, o discípulo missionário encontra-se com os pobres, as pessoas que trazem as feridas da vida e em sua carne podem tocar a carne de Cristo que sofre30. Francisco dá muita importância à experiência sensorial nessa relação: olhar as pessoas nos olhos, tocar suas mãos, abraçar, ser próximo principal e primeiramente dos mais fragilizados. Em uma meditação matutina durante a missa celebrada na Casa Santa Marta, exortou ao comentar o evangelho da ressurreição do único filho da viúva de Naim: «não só vendo mas olhando, não apenas ouvindo mas escutando, não só cruzando-se com as pessoas mas detendo-se com elas, não só dizendo “que pena, pobrezinhos!” mas deixando-se arrebatar pela compaixão; e depois aproximar-se, tocar e dizer: “Não chores” e dar pelo menos uma gota de vida»31. A finalidade desse dinamismo é dar vida. O Jesus joanino faz uma impressionante declaração sobre o sentido de sua missão que o evidencia: «Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância» (Jo 10,10).

2.4. O encontro com Cristo provoca novos «encontros geradores de vida e comunhão»

O encontro com Deus, encontro consigo mesmo e com os irmãos também conduz ao encontro e comunhão com toda a criação, com o cosmos. Este encontro exige uma -conversão ecológica-, que comporta deixar emergir, nas relações com o mundo que nos rodeia, todas as consequências do encontro com Jesus32. Para que o encontro e relação com o cosmos sejam sinais do Reino de Deus, é necessária a conversão pessoal, que pede a assunção de atitudes de sobriedade, humildade e paz interior33. Tais atitudes pessoais são indispensáveis para que se construam projetos e ações em vista do desenvolvimento integral da pessoa e da sociedade, fundados sobre a justiça característica do Reino de Deus.

Na sociedade atual, que padece uma forte crise existencial, a cultura do encontro se apresenta como uma condição para a experiência profunda da salvação e do amor de Deus, cujo Filho se fez carne, para vir ao encontro da pessoa humana «como um de nós» e que tocou as periferias existenciais com suas próprias mãos, assumiu-as para daí resgatar a todos os que padecem pelas feridas da vida.

3. Cultura do encontro como sinal profético nas palavras e gestos de Francisco

A tradição bíblica veterotestamentária nos apresenta a figura dos profetas, homens com uma experiência particular de Deus, por cujas palavras e gestos Deus se revela ao seu povo. Sendo assim, para destacar a dimensão profética de Francisco, é preciso também voltar o olhar para os seus gestos. Como suas ações de certa forma revelam aquilo que ele anuncia com as palavras? Não se pretende analisar seus gestos de modo exaustivo e tampouco emitir um juízo moral ou qualitativo, senão, simplesmente apontar como o dinamismo da cultura do encontro se manifesta em seu agir. Na abordagem, consideramos de modo geral as suas viagens apostólicas fora da Itália e buscamos identificar o dinamismo da cultura do encontro em seus gestos e palavras34.

3.1. Os encontros de Francisco pelo mundo

A tabela a seguir indica as datas das viagens apostólicas realizadas pelo Papa Francisco fora da Itália, desde o início de seu pontificado até a presente data, os países visitados e, por fim, se for o caso, o evento ou fato principal que motivou sua viagem:

Datas Viagem Apostólica Motivações
1 3-5/fevereiro/2019 Emirados Árabes Unidos Encontro Inter-religioso “Fraternidade Humana”
2 23-28/janeiro/2019 Panamá XXXIV Jornada Mundial da Juventude
3 22-25/setembro/2018 Lituânia, Letônia e Estônia Pastoral
4 25-26/agosto/2018 Irlanda IX Encontro Mundial das Famílias
5 21/junho/2018 Genebra (Suíça) Peregrinação Ecumênica - Comemoração do 70º Aniversário da Fundação do Conselho Mundial das Igrejas
6 15-22/janeiro/2018 Chile e Peru Pastoral35 e questões sociais36 e eclesiais
7 26/novembro -2/dezembro de 2017 Myanmar e Bangladesh Pastoral, encontro inter-religioso e situação dos refugiados
8 6-11/setembro de 2017 Colômbia Pastoral e questões sociais
9 12-13 maio de 2017 Santuário de Fátima, Portugal Celebração do Centenário das Aparições da Bem-Aventurada Virgem Maria na Cova da Iria
10 28-29/abril de 2017 Egito Pastoral e encontro ecumênico e inter-religioso
11 31/outubro-1º/novembro de 2016 Suécia Comemoração comum luterano-católica da Reforma (encontro ecumênico)
12 30/setembro- 2/outubro de 2016 Geórgia e Azerbaijão Pastoral, encontro ecumênico e inter-religioso, disputas internacionais na região do Cáucaso.
13 27-31/julho de 2016 Polônia XXXI Jornada Mundial da Juventude
14 24-26/junho de 2016 Armênia Pastoral e encontro ecumênico
15 16/abril de 2016 Lesbos, Grécia Visita ao Campo de Refugiados
16 12-18/fevereiro de 2016 México Pastoral, encontro ecumênico37 e questões sociais
17 25-30/novembro de 2015 Quênia, Uganda e República Centro- Africana Pastoral, encontro ecumênico e inter- religioso, questões sociais
18 19-28/setembro de 2015 Cuba, Estados Unidos da América e Sede das Nações Unidas Pastoral, questões de imigração, VIII Encontro Mundial das Famílias na Filadélfia
19 5-13/julho de 2015 Equador, Bolívia e Paraguai Pastoral, encontro ecumênico e inter-religioso
20 6/junho de 2015 Sarajevo, Bósnia- Herzegovina Pastoral, encontro ecumênico e inter- religioso
21 12-19/janeiro de 2015 Sri Lanka e Filipinas Pastoral, encontro ecumênico e inter-religioso
22 28-30/novembro de 2014 Turquia Pastoral e encontro ecumênico
23 25/novembro de 2014 Parlamento Europeu e Conselho da Europa (Estrasburgo, França)38 Questões políticas sociais. Ano comemorativo dos 65 anos do Parlamento Europeu
24 21/setembro de 2014 Tirana, Albânia Pastoral, encontro ecumênico e inter-religioso
25 13-18/agosto de 2014 República da Coreia VI Jornada Asiática da Juventude
26 24-26/maio de 2014 Jordânia e Israel Peregrinação à Terra Santa
27 22-29/julho de 2013 Brasil XXVIII Jornada Mundial da Juventude

3.2. O dinamismo da cultura do encontro nos encontros de Francisco

Para compreender a cultura do encontro é importante situá-la também na experiência espiritual e religiosa do Papa Francisco. Como jesuíta, seus critérios e pensamentos estão impregnados da espiritualidade inaciana39, uma de suas notas características é a de «ser contemplativo na ação». Compreende-se então a importância que Francisco dá à oração e espiritualidade como o motor de sua vida e ação: o seu primeiro gesto como Papa foi o de inclinar-se ante o povo reunido na Praça de São Pedro e pedir-lhe sua oração por ele; além disso, quase todas as manhãs celebra a missa na Casa Santa Marta e oferece ao mundo uma breve meditação sobre a Palavra de Deus. Estas condições possibilitam a experiência de encontrar-se com Cristo ou deixar-se encontrar por Ele. Na experiência da oração pessoal, o discípulo missionário permite que os seus sentidos sejam evangelizados. Por isso, é capaz de «descobrir Deus em todas as coisas», ver «a carne de Cristo» que sofre nos irmãos mais vulneráveis.

Francisco tem atuado como «discípulo missionário» enviado por Cristo às periferias existenciais. Com referência aos dados divulgados no Relatório de Desenvolvimento Humano40 publicado em 2017, dos 39 países visitados até o momento por Francisco nas 27 viagens apostólicas fora da Itália: 15 pertencem ao grupo dos países com índice de desenvolvimento humano (IDH) muito alto41, 15 ao grupo com IDH alto42, 7 ao grupo com IDH médio43 e 2 ao grupo com IDH baixo44. A motivação das viagens ao grupo de IDH muito alto foi geralmente a participação em eventos: peregrinações, presença em organizações políticas internacionais ou continentais, jornadas mundiais ou continentais da juventude, Comemoração dos 500 anos da Reforma, Comemoração dos 70 anos da Fundação do Conselho Mundial das Igrejas, Encontro Mundial das Famílias, Encontro Inter-religioso. Intencionalmente, Francisco tem dado prioridade pastoral às «periferias do mundo» ou às «periferias da Igreja». Em coletiva de imprensa, após sua viagem à Albânia, um jornalista local indagou sobre a sua visão da Europa, já que tinha escolhido como primeiro país europeu a visitar, um país da periferia do continente, que nem sequer pertence à União Europeia, ao que respondeu: «Posso dizer que a minha viagem é uma mensagem, é um sinal. É um sinal que eu quero dar45».

O encontro com o corpo diplomático e a sociedade civil é parte do protocolo de suas viagens apostólicas, já que o Papa também é chefe de Estado. Geralmente realiza um encontro especial com os bispos, sacerdotes e pessoas consagradas. As celebrações eucarísticas na maioria das vezes multitudinárias são momentos de encontro com os cristãos católicos e com público em geral. Mesmo ao visitar países mais desenvolvidos, realiza encontros com pessoas ou grupos que trazem as feridas da vida.

Francisco tem procurado tocar a carne sofrida de Cristo nas feridas da Igreja e da sociedade. Por feridas da Igreja, destacaremos três realidades: os desdobramentos das divisões da Igreja ocorridas ao longo da história46, as pessoas que sofreram abusos por parte de ministros da Igreja ou pessoas consagradas e as minorias cristãs católicas. Por fim, as feridas da sociedade e do mundo serão evidenciadas em diversas realidades que afetam a paz e o desenvolvimento da sociedade e das nações.

3.2.1. Ir ao encontro das feridas da Igreja

Francisco tem realizado gestos muito significativos visando curar as feridas da divisão da Igreja. Os encontros com os líderes das Igrejas Ortodoxas têm sido marcados pela experiência da fraternidade na oração e no compromisso por dar passos necessários rumo à unidade, não primeiramente pelo diálogo doutrinal e teológico, mas sim, pelo compromisso com o testemunho da fé em Cristo, inclusive pelo «ecumenismo de sangue»47. Tal compromisso tem sido ratificado pela oração comum e pela assinatura de declarações conjuntas com: Bartolomeu, Patriarca Ecumênico de Jerusalém; Kirill, Patriarca de Moscou e de toda a Rússia; Hieronymos, Arcebispo de Atenas e de toda a Grécia; Karekin II, Cathólikos de todos os Armênios e com Sua Santidade Tawadros, Papa de Alexandria e Patriarca da Sé de São Marcos. Ademais, na Geórgia encontrou-se com Sua Beatitude Elias II, Cathólicus e Patriarca de toda a Geórgia e, finalmente, no Egito, Francisco, mostrou-se solidário com os cristãos coptos que haviam sofrido um atentado à bomba. Finalmente, em recente discurso no encontro ecumênico do Conselho Mundial das Igrejas, encontram-se os elementos do dinamismo da cultura do encontro como convite a viver o ecumenismo hoje:

Caminhar sim, mas para onde? Na base do que ficou dito, sugeriria um movimento duplo: de entrada e de saída. De entrada, a fim de nos dirigirmos constantemente para o centro, reconhecendo-nos ramos enxertados na única videira que é Jesus (cf. Jo 15,1-8). Não daremos fruto sem nos ajudarmos mutuamente a permanecer unidos a Ele. De saída, rumo às múltiplas periferias existenciais de hoje, para levarmos juntos a graça sanadora do Evangelho à humanidade atribulada. Poderíamos interrogar-nos se estamos a caminhar de verdade ou apenas em palavras, se apresentamos os irmãos ao Senhor e os temos verdadeiramente a peito, ou se estão longe dos nossos reais interesses. Poderíamos interrogar-nos também se o nosso caminho é um mero cirandar sobre os nossos passos, ou uma convicta saída pelo mundo levando-lhe o Senhor48.

No tocante às pessoas que sofreram abusos, Francisco tem continuado o gesto de Bento XVI de encontrar-se com aqueles e aquelas que sofreram esta violência para pedir perdão, consolar e fortalecer. Estes encontros geralmente ocorrem dentro do sigilo, para preservar a privacidade dos participantes e durante suas viagens internacionais, aconteceram em Filadélfia, nos Estados Unidos, em Santiago do Chile e em Dublin, na Irlanda. Há ainda um caminho a percorrer para encontrar as ações mais adequadas para atender às vítimas, punir os culpados e evitar que novos casos voltem a acontecer. No entanto, mesmo que com limitações, importante é «correr o risco do encontro com o rosto do outro»49, para se deixar interpelar pela sua presença e juntos procurar o bem e a justiça para todos.

Por fim, Francisco tem se encontrado com as comunidades católicas que são minorias em países majoritariamente ortodoxos ou muçulmanos. Algumas dessas igrejas têm sofrido de forma particular a perseguição como, por exemplo, no caso da Albânia. Nesta ocasião, Francisco conheceu o testemunho do Pe. Ernest Simoni que sob a perseguição do regime comunista, conseguiu escapar da condenação à morte, porém, permaneceu preso por 27 anos realizando trabalhos forçados. A estas comunidades, agradece seu testemunho e encoraja a serem fiéis, a continuar sua entrega a Cristo em favor dos irmãos renovando a esperança.

3.2.2. Ir ao encontro das feridas da sociedade

Enquanto às feridas da sociedade, destacam-se seus encontros com os refugiados e imigrantes, os presos, os enfermos, os pobres, os jovens e as crianças. Ou, ainda, considerando o importante papel de mediação ou favorecendo o diálogo entre nações em conflitos internos ou externos.

O primeiro encontro com refugiados aconteceu na Ilha de Lampedusa, localizada no Mediterrâneo ao sul da Itália, nos primeiros meses de seu pontificado, quando comovido pela morte de centenas de pessoas refugiadas que tentavam chegar à Europa para tentar uma nova vida e morreram no naufrágio. Ante o impacto desse acontecimento, dirigiu-se à ilha e em sua homilia disse: «E então senti o dever de vir aqui hoje para rezar, para cumprir um gesto de solidariedade, mas também para despertar as nossas consciências a fim de que não se repita o que aconteceu»50. Certamente, este episódio marcou o orientou seu posicionamento ante esta realidade. Outros encontros aconteceram na Jordânia, em Israel, na República Centro-Africana, em Bangladesh e em Lesbos, na Grécia. Em Lesbos, Francisco novamente afirmou que com este encontro procurava chamar a atenção para a crise humanitária manifestada no drama dos refugiados. Não somente encontrou-se com eles, mas inclusive levou doze refugiados consigo a Roma. Reconhece a legitimidade das preocupações das autoridades e cidadãos dos países, mas exorta a que se considere que os imigrantes são mais que números, são pessoas com rostos, nomes e histórias que nos interpelam51. O drama dos refugiados e imigrantes, parece ser uma das periferias existenciais que mais atinge o coração de Francisco, visto que, ao criar o Dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral, o pontífice se responsabilizou em primeira pessoa pelo departamento a eles dedicado52.

Outras periferias que Francisco encontrou nestes cinco anos abrangem pessoas em situação de extrema pobreza, mulheres forçadas à prostituição53, grupos étnicos perseguidos54 ou que reclamam terra e dignidade das que foram privados55, pessoas encarceradas56, crianças que sofrem algum tipo de carência e que são assistidas em instituições de caridade57, crianças internadas em hospitais, jovens que tentam se recuperar da dependência química, familiares de vítimas do narcotráfico e de outras formas de violência58 ou desastres naturais, pessoas sem teto entre outras situações.

Francisco promoveu a cultura do encontro também nas relações entre os países e religiões: na Colômbia se fez presente no contexto da assinatura do acordo de paz exortando os cidadãos colombianos a construir a paz cada um «dando o primeiro passo»59. Ao Conselho da Europa convidou a promover um diálogo intercultural, inclusive intergeracional, na esfera política de forma que na busca pelo bem comum e desenvolvimento integral se coloque novamente o homem ao centro e não o dinheiro60. Incentivou o diálogo entre países com conhecidas tensões e dificuldades políticas: Estados Unidos e Cuba, por exemplo61. Por fim, também tem oferecido sua liderança religiosa ao compromisso de, com outras religiões, ser agente de paz, reconhecendo o importante papel das religiões na sociedade e no mundo como «canais de fraternidade» e não «barreiras de separação»62. No encontro inter-religioso celebrado recentemente nos Emirados Árabes Unidos, assinou juntamente com o Grão Imame de Al-Azhar Ahamad al-Tayiib a Declaração «A Fraternidade Humana pela paz mundial e a convivência comum»63. Espera-se que este seja o início de um processo que contribua efetivamente para a convivência pacífica e construtiva entre as diferentes culturas e povos64.

Em breve, no final do mês de março de 2019 irá ao Marrocos onde continuará seu diálogo e encontro com o mundo muçulmano.

Conclusão

Este estudo se propôs a compreender a noção de «cultura de encontro» no Magistério e testemunho do Papa Francisco. Com este apelo, o pontífice indica a necessidade de que a experiência do encontro se torne um estilo de vida, um modo de agir conatural de cada pessoa, mas principalmente do discípulo missionário. Seu dinamismo parte da experiência de ser encontrado por Cristo ou de deixar-se encontrar por ele, de modo que a vida se transforme e desenvolva na pessoa uma sólida espiritualidade e um olhar contemplativo capaz de perceber a presença de Deus em todas as coisas e descobrir a «carne de Cristo» nos mais fragilizados. Nesta experiência o discípulo missionário é enviado por Cristo, que é o centro, para as periferias existenciais a fim de servir e «dar e receber vida». O primeiro encontro, aquele com Cristo, deve desencadear um dinamismo de mais encontros geradores de vida e comunhão, como expressão da «Igreja em saída».

O Papa Francisco entende a cultura do encontro como condição necessária para o desenvolvimento integral da pessoa, da família e da sociedade. Não se trata de algo inédito ou fora do alcance, porém, trata-se de resgatar, a partir do encontro com Cristo, uma experiência humana e humanizadora que tem perdido sua essência por diversos fatores históricos e culturais, principalmente, pela «globalização da indiferença».

Os apelos de Francisco, não somente com suas palavras, mas também com seus gestos, indicam um caminho a percorrer. Em suas viagens apostólicas fora da Itália, pode-se vislumbrar como procura colocar em prática o que ensina. Alguns encontros são fecundos e gratificantes e, mesmo em meio a situações dramáticas, geram de vida. Outros revelam ainda mais a profundidade das feridas e da dor e indicam que será necessário mais tempo, mais encontros e mais diálogo para chegar «curá-las». A experiência do encontro trará sempre desafios e possibilidades, mas não há outro caminho para construir juntos uma sociedade na qual os sinais do Reino de Deus testemunhem que mais pessoas têm «vida em abundância».

Bibliografia

Amarante, Paulo. Entrevista. Suicídio: pesquisadores comentam relatório da OMS, que apontou altos índices no mundo. Consultada em julho 26, 2015. http://portal.fiocruz.br/pt-br/content/suicidio-brasil-e-8o-pais-das-americas-com-maior-indiceLinks ]

Biblia de Jerusalém. Nova ed. rev. e ampl. 9 reimpr. São Paulo: Paulus, 2013. [ Links ]

Concílio Vaticano II. Documentos do Concílio Ecumênico Vaticano II (1962-1965). 2ed. São Paulo: Paulus, 2002. [ Links ]

Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM). Documento de Aparecida. Texto conclusivo da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe. 3ed. Brasília: CNBB; São Paulo: Paulinas, Paulus, 2007. [ Links ]

Fares, Diego. Papa Francisco. La cultura del encuentro. Buenos Aires: Edhasa, 2014. [ Links ]

Francisco. Declaração Comum do Papa Francisco e Sua Santidade Patriarca de Moscou Kirill. Consultada em março 07, 2018. http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2016/february/documents/papa-francesco_20160212_dichiarazione-comune-kirill.htmlLinks ]

Francisco. Discurso aos Bispos Responsáveis do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM) por ocasião da reunião geral de coordenação em 28 de julho de 2013. Consultada em março 01, 2018. http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2013/july/documents/papa-francesco_20130728_gmg-celam-rio.htmlLinks ]

Francisco. Discurso de Sua Santidade Papa Francisco à classe dirigente do Brasil, no Teatro Municipal, no Rio de Janeiro. Consultada em julho 25, 2015. http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2013/july/documents/papa-francesco_20130727_gmg-classe-dirigente-rio.htmlLinks ]

Francisco. Discurso do Papa Francisco ao Movimento Apostólico de Cegos (Mac) e à Pequena Missão para os Surdos-Mudos, na Sala Paulo VI. Consultada em março 01, 2018. http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2014/march/documents/papa-francesco_20140329_movimento-ciechi-missione-sordomuti.htmlLinks ]

Francisco. Entrevista com o Santo Padre durante o voo de Santiago de Cuba a Washington DC. Consultada em julho 20, 2018. http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2015/september/documents/papa-francesco_20150922_intervista-santiago-washington.htmlLinks ]

Francisco. Entrevista do Santo Padre no voo de regresso de Tirana a Roma. Consultado em março 05, 2018. http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2014/september/documents/papa-francesco_20140921_albania-conferenza-stampa.htmlLinks ]

Francisco. Evangelii Gaudium. A alegria do Evangelho. São Paulo: Paulinas, 2014. [ Links ]

Francisco. Laudato Si. Sobre o cuidado da Casa Comum. São Paulo: Paulinas, 2015. [ Links ]

Francisco. Meditações matutinas na Santa Missa celebrada na Capela Santa Marta. Por uma cultura do encontro. Consultada em fevereiro 24, 2018. https://w2.vatican.va/content/francesco/pt/cotidie/2016/documents/papa-francesco-cotidie_20160913_cultura-do-encontro.htmlLinks ]

Francisco. Mensagem do Santo Padre Francisco para o Dia Mundial das Comunicações Sociais. Comunicação a serviço da cultura do encontro. Consultada em julho 26, 2015. http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/messages/communications/documents/papa-francesco_20140124_messaggio-comunicazioni-sociali.htmlLinks ]

Francisco. Misericordiae Vultus. Bula de Proclamação do Jubileu Extraordinário da Misericórdia. Consultada em março 07, 2018. http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/apost_letters/documents/papa-francesco_bolla_20150411_misericordiae-vultus.htmlLinks ]

Francisco. Palavras do Santo Padre Francisco na Vigília de Pentecostes com os Movimentos Eclesiais na Praça de São Pedro. Consultada em julho 26, 2015. http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2013/may/documents/papa-francesco_20130518_veglia-pentecoste.htmlLinks ]

Francisco. Peregrinação Ecumênica a Genebra por ocasião do 70º aniversário da Fundação do Conselho Mundial das Igrejas. Encontro Ecumênico. Discurso do Santo Padre. Consultada em julho 20, 2018. http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2018/june/documents/papa-francesco_20180621_pellegrinaggio-ginevra.htmlLinks ]

Francisco. Santa Missa com Seminaristas, Noviços, Noviças e quantos se encontram em caminhada vocacional. Homilia do Santo Padre em 7 de julho de 2013. Consultada em março 05, 2018. http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/homilies/2013/documents/papa-francesco_20130707_omelia-seminaristi-novizie.htmlLinks ]

Francisco. Santa Missa Pelas Vítimas Dos Naufrágios. Homilia Do Santo Padre Francisco em 08 de julho de 2013. Consultada em março 06, 2018. https://w2.vatican.va/content/francesco/pt/homilies/2013/documents/papa-francesco_20130708_omelia-lampedusa.htmlLinks ]

Francisco. Viagem Apostólica do Papa Francisco à Colômbia. Homilia na Santa Missa em Porto de Contecar - Cartagena. Consultada em fevereiro 24, 2018. http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/homilies/2017/documents/papa-francesco_20170910_omelia-viaggioapostolico-colombiacartagena.htmlLinks ]

Francisco. Visita ao Parlamento Europeu e ao Conselho da Europa. Discurso do Santo Padre ao Conselho da Europa em 25 de novembro de 2014. Consultada em março 05, 2018. http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2014/november/documents/papa-francesco_20141125_strasburgo-consiglio-europa.htmlLinks ]

Francisco. Visita Apostólica a Lesbos (Grécia). Encontro com as Autoridades e a População. Memória das Vítimas das Migrações. Discurso do Santo Padre. Consultada em fevereiro 24, 2018. https://w2.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2016/april/documents/papa-francesco_20160416_lesvos-cittadinanza.htmlLinks ]

Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ). Suicídio: pesquisadores comentam relatório da OMS, que apontou altos índices no mundo. Consultada em julho 26, 2015. http://portal.fiocruz.br/pt-br/content/suicidio-brasil-e-8o-pais-das-americas-com-maior-indiceLinks ]

Lucena, Rodolfo y Versolato, Mariana. Depressão já é a doença mais incapacitante, afirma OMS. Consultada em julho 26, 2015. http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2014/12/1563458-depressao-ja-e-a-doenca-mais-incapacitante-afirma-a-oms.shtmlLinks ]

Pachón Soto, Damián. «El pensamiento social del papa Francisco». Franciscanum 166, Vol. 58 (2016): 317-337. [ Links ]

United Nations Development Programme. Human Development Report 2016. Human Development for Everyone. New York: UNDP, 2017. Consultada em: março 05, 2018. http://www.br.undp.org/content/dam/brazil/docs/RelatoriosDesenvolvimento/undp-br-2016-human-development-report-2017.pdfLinks ]

Vatican Insider. Francisco cria novo dicastério e assume pessoalmente o departamento dedicado aos migrantes. Consultada em março 06, 2018. http://www.ihu.unisinos.br/78-noticias/559581-novo-dicasterio-papa-se-ocupara-dos-migrantesLinks ]

1 O último Papa não europeu teria sido Gregório III, de nacionalidade síria.

2No site da Santa Sé (http://www.vatican.va), em português há registro de recorrência dessa expressão do Papa Francisco em 235 vezes desde o início de seu pontificado até o momento (28 de fevereiro de 2019): 144 em discursos, 59 em mensagens, 11 vezes nas intervenções do Ângelus, 6 em homilias, 5 em cartas e 4 vezes em exortações apostólicas, 2 em constituições apostólicas, 2 em audiências e 2 em meditações matutinas.

3Cf. Francisco, Evangelii Gaudium. A alegria do Evangelho (São Paulo: Paulinas, 2014). Na Constituição Pastoral Gaudium et Spes (GS) sobre a Igreja no mundo de hoje, o Concílio Vaticano II aborda a natureza social e cultural da pessoa ao longo do documento e no número 44 enfatiza o intercâmbio vivo entre a Igreja e as diversas culturas dos diferentes povos. A Declaração Ad gentes (AG) sobre a atividade missionária da Igreja reconhece este mesmo elemento de intercâmbio, além de incentivar os missionários a participar da vida social e cultural dos lugares aos que são enviados, indicar a importância de introduzir estes elementos na prática eclesial e na formação cristã do povo de Deus e destacar seu fundamento cristológico: a encarnação do Filho de Deus que se sujeitou às situações sociais e culturais do seu tempo (Cf. AG 10). A experiência religiosa de Israel e, posteriormente, a experiência dos cristãos se desenvolve na compreensão de ser parte de um Povo reunido por Deus. O Capítulo II da Constituição Dogmática Lumen Gentium aprofunda essa realidade.

4Sobre a interdependência da pessoa e sociedade humanas, leia-se GS 25.

5Francisco, Evangelii Gaudium, n. 115.

6Francisco, Evangelii Gaudium, n. 115.

7 Francisco, Discurso de Sua Santidade Papa Francisco à classe dirigente do Brasil, no Teatro Municipal, no Rio de Janeiro, RJ, no dia 27 de julho de 2013, consultada em julho 25, 2015, http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2013/july/documents/papa-francesco_20130727_gmg-classe-dirigente-rio.html.

8Cf. Francisco, Mensagem do Santo Padre Francisco para o Dia Mundial das Comunicações Sociais. Comunicação a serviço da cultura do encontro. 1 jun. 2015, consultada em julho 26, 2015, http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/messages/communications/documents/papa- francesco_20140124_messaggio-comunicazioni-sociali.html.

9Cf. Francisco, Palavras do Santo Padre Francisco na Vigília de Pentecostes com os Movimentos Eclesiais, consultada em julho 26, 2015, http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2013/may/documents/papa- francesco_20130518_veglia-pentecoste.html.

10O diálogo é um dos frutos da renovação eclesial trazida pelo Concílio Vaticano II. A primeira vez que o termo apareceu em um documento do Magistério da Igreja foi na encíclica Ecclesiam Suam, de Paulo VI, escrita durante este concílio em 1964. No texto em português disponível no site da Santa Sé, a partir do número 34 do documento, o substantivo «diálogo» aparece 65 vezes e o verbo dialogar apenas uma vez.

11 Francisco. Laudato Si. Sobre o cuidado da Casa Comum (São Paulo: Paulinas, 2015), n. 240.

12«Discípulo missionário» é uma expressão do Documento de Aparecida de cuja redação o Cardeal Jorge Bergoglio - hoje, Papa Francisco - participou.

13Cf. Francisco, Discurso aos Bispos Responsáveis do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM) por ocasião da reunião geral de coordenação, consultada em março 01, 2018, http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2013/july/documents/papa-francesco_20130728_gmg-celam-rio.html

14 Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM). Documento de Aparecida. Texto conclusivo da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe. 3 ed. Brasília: CNBB; São Paulo: Paulinas, Paulus, 2007.

15Cf. Francisco, Santa Missa com Seminaristas, Noviços, Noviças e quantos se encontram em caminhada vocacional. Homilia do Santo Padre. 7 de julho de 2013, consultada em março 05, 2018, http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/homilies/2013/documents/papa-francesco_20130707_omelia-seminaristi-novizie.html

16Francisco, Evangelii Gaudium, n. 3.

17Cf. Francisco, Evangelii Gaudium, n. 7.

18Cf. Diego Fares, Papa Francisco. La cultura del encuentro (Buenos Aires: Edhasa, 2014), 26. Nesta obra o autor fala das duas transcendências: «sair de si para ir ao encontro com Deus na oração e com o próximo no serviço».

19Cf. Francisco, Discurso aos bispos responsáveis do Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM) por ocasião da reunião geral de coordenação, consultada em março 01, 2018, http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2013/july/documents/papa-francesco_20130728_gmg-celam-rio.html

20Cf. Francisco, Discurso aos bispos responsáveis do Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM) por ocasião da reunião geral de coordenação.

21Francisco, Palavras do Santo Padre na Vigília de Pentecostes com os Movimentos Eclesiais, consultada em março 01, 2018, http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2013/may/documents/papa-francesco_20130518_veglia-pentecoste.html

22 Rodolfo Lucena e Mariana Versolato, Depressão já é a doença mais incapacitante, afirma OMS, consultada em: julho 26, 2015, http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2014/12/1563458-depressao-ja-e-a- doenca-mais-incapacitante-afirma-a-oms.shtml. A depressão continua no topo das listas da Organização Mundial da Saúde como maior causa de problemas de saúde. No ano de 2017, a depressão foi o tema da campanha para o Dia Mundial da Saúde promovida pela instituição.

23Fundação Osvaldo Cruz, Suicídio: pesquisadores comentam relatório da OMS, que apontou altos índices no mundo, consultada em julho 26, 2015, http://portal.fiocruz.br/pt-br/content/suicidio-brasil-e-8o-pais-das-americas-com-maior-indice

24 Paulo Amarante a Fundação Osvaldo Cruz, Entrevista Suicídio: pesquisadores comentam relatório da OMS, que apontou altos índices no mundo, consultada em julho 26, 2015, http://portal.fiocruz.br/pt-br/content/suicidio-brasil-e-8o-pais-das-americas-com-maior-indice

25 Francisco, Discurso do Papa Francisco ao Movimento Apostólico de Cegos (Mac) e à Pequena Missão para os Surdos-Mudos, na Sala Paulo VI no dia 29 de Março de 2014, consultada em julho 26, 2015, http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2014/march/documents/papa-francesco_20140329_movimento-ciechi-missione-sordomuti.html

26Francisco, Laudato Si. Sobre o cuidado da Casa Comum, n. 226.

27Cf. Francisco, Discurso aos Bispos Responsáveis do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM) por ocasião da reunião geral de coordenação, consultada em março 01, 2018, http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2013/july/documents/papa-francesco_20130728_gmg-celam-rio.html

28Sobre la cultura del descarte: «el papa Francisco detalla que en las sociedades actuales la mayoría de los hombres y las mujeres viven precariamente el día a día, en la pobreza y en la violencia, en la inequidad, indignamente, lo cual genera miedo y desesperación. La actual es para el Papa una sociedad donde impera una “economía de exclusión”, donde los excluidos no son “explotados sino considerados desechos sobrantes”. Es decir, es una “cultura del descarte” donde las personas son consideradas bienes de consumo, que se pueden usar y luego tirar. En estricto sentido, eso se debe a la lógica misma de la economía, basada en la competitividad y la eficiencia, al consumismo y a una “cultura del bienestar que nos anestesia y perdemos la calma si el mercado ofrece algo que todavía no hemos comprado”». Damián Pachón Soto, «El pensamiento social del papa Francisco», Franciscanum 166, Vol. 58 (2016): 320-321.

29Em abril de 2015, o Papa Francisco proclamou o Jubileu Extraordinário da Misericórdia com a Bula Misericordiae Vultus. Um convite sem distinção de pessoas, a contemplar, experimentar e ser sinal da misericórdia de Deus.

30Francisco, Palavras do Santo Padre na Vigília de Pentecostes com os Movimentos Eclesiais, consultada em março 01, 2018, http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2013/may/documents/papa-francesco_20130518_veglia-pentecoste.html

31 Francisco, Por uma cultura do encontro. Meditações matutinas na Santa Missa celebrada na Capela Santa Marta, consultada em fevereiro 24, 2018, https://w2.vatican.va/content/francesco/pt/cotidie/2016/documents/papa-francesco-cotidie_20160913_cultura- do-encontro.html

32Francisco, Laudato Si. Sobre o cuidado da Casa Comum, n. 271.

33Francisco, Laudato Si. Sobre o cuidado da Casa Comum, n. 217-225.

34A página web da Santa Sé em português (www.vatican.va) é a principal fonte de levantamento dos dados que serão apresentados.

35Com este termo pretende-se indicar o encontro, principalmente, mas não exclusivamente, com os cristãos católicos.

36Por «questões sociais» pretende-se indicar situações particulares que se dão nestes países visitados e que têm uma incidência considerável em toda a sociedade, como, por exemplo, no caso do Chile e Peru, as reivindicações dos povos originários; na Colômbia, o acordo de paz etc.

37Rumo ao México, a comitiva papal realizou uma escala no Aeroporto de Havana, Cuba, onde assinou com o Patriarca de Moscou, S.S. Kirill, uma declaração conjunta na qual exortam à mutua colaboração de cristãos católicos e ortodoxos na superação das divergências históricas e também ao compromisso do testemunho ante os diversos problemas sociais, políticos e econômicos em todo o mundo, principalmente por ameaçar aos mais fragilizados das diversas sociedades. O texto íntegro da declaração pode ser consultado no link: http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2016/february/documents/papa-francesco_20160212_dichiarazione-comune-kirill.html

38Ainda que Francisco tenha visitado o Parlamento e Conselho Europeus, situados na França, não se considera que tenha realizado uma visita apostólica à França, mas apenas a essas instituições europeias.

39Espiritualidade própria da Companhia de Jesus, ordem religiosa à qual pertence Jorge Mario Bergoglio.

40Este relatório, publicado anualmente, mede o índice de desenvolvimento humano (IDH) comparando fatores como alfabetização, riqueza, natalidade, expectativa de vida entre outros.

41Da América: Estados Unidos e Chile; da Europa: França, Polônia, Grécia, Suécia, Portugal, Suíça, Irlanda, Lituânia, Letônia e Estônia; da Ásia: Coreia do Sul, Israel e Emirados Árabes Unidos.

42Da América: Brasil, México, Peru, Equador, Colômbia, Cuba e Panamá; da Europa: Bósnia e Herzegovina, Albânia, Geórgia, Azerbaijão, Armênia; da Ásia: Jordânia, Sri Lanka e Turquia.

43Da América: Bolívia, Paraguai; da Ásia: Filipinas, Bangladesh e Myanmar; da África: Egito e Quênia.

44Da África: República Centro-Africana e Uganda.

45 Francisco, Entrevista do Santo Padre no voo de regresso de Tirana a Roma, consultada em março 05, 2018, http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2014/september/documents/papa-francesco_20140921_albania-conferenza-stampa.html

46Referimo-nos à separação entre Igreja Ocidental e Oriental no século XI e à Reforma promovida por Lutero no século XVI.

47União dos cristãos de diversas denominações no testemunho da fé em Cristo pelo martírio.

48 Francisco, Peregrinação Ecumênica a Genebra por ocasião do 70º aniversário da Fundação do Conselho Mundial das Igrejas. Encontro Ecumênico. Discurso do Santo Padre, consultada em julho 20, 2018, http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2018/june/documents/papa-francesco_20180621_pellegrinaggio-ginevra.html

49Francisco, Evangelii Gaudium, n. 88.

50 Francisco, Santa Missa pelas Vítimas dos Naufrágios. Homilia do Santo Padre Francisco, consultada em março 26, 2018, https://w2.vatican.va/content/francesco/pt/homilies/2013/documents/papa-francesco_20130708_omelia-lampedusa.html

51 Francisco, Visita Apostólica a Lesbos (Grécia). Encontro com as Autoridades e a População. Memória das Vítimas das Migrações. Discurso do Santo Padre, consultada em março 06, 2018, https://w2.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2016/april/documents/papa-francesco_20160416_lesvos-cittadinanza.html

52 Vatican Insider, Francisco cria novo dicastério e assume pessoalmente o departamento dedicado aos migrantes, consultada em março 06, 2018, http://www.ihu.unisinos.br/78-noticias/559581-novo-dicasterio-papa-se-ocupara-dos-migrantes

53Na Coreia do Sul, saudou a algumas «mulheres conforto», eufemismo que se refere às centenas e centenas de mulheres forçadas por militares japoneses a se prostituir durante a II Guerra Mundial.

54Durante a visita apostólica a Myanmar e Bangladesh, o Papa Francisco procurou favorecer o diálogo para que se respeitem e protejam a vida da minoria étnica rohingya, segundo a ONU a mais perseguida na atualidade.

55No Chile, encontrou-se com os mapuches e outros povos originários da região e no Peru, encontrou-se com os Povos da Amazônia e dos Andes também em vistas à preparação do Sínodo dos Bispos para a Região Panamazônica, convocado para o mês de outubro de 2019.

56No Chile, visitou uma penitenciária feminina, no México uma masculina e no Panamá foi ao encontro de jovens reclusos.

57No Panamá, por exemplo, visitou às crianças e jovens assistidos pela Casa Lar do Bom Samaritano.

58No México encontrou-se com familiares de jovens desaparecidos.

59Cf. Francisco, Viagem Apostólica do Papa Francisco à Colômbia. Homilia na Santa Missa em Porto de Contecar - Cartagena, consultada em julho 19, 2018, http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/homilies/2017/documents/papa-francesco_20170910_omelia-viaggioapostolico-colombiacartagena.html

60Cf. Francisco, Visita ao Parlamento Europeu e ao Conselho da Europa. Discurso do Santo Padre ao Conselho da Europa, consultada em julho 19, 2018, https://w2.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2014/november/documents/papa-francesco_20141125_strasburgo-consiglio-europa.html

61Cf. Francisco, Entrevista com o Santo Padre durante o voo de Santiago de Cuba a Washington DC, consultada em julho 20, 2018, http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2015/september/documents/papa-francesco_20150922_intervista-santiago-washington.html

62Cf. Francisco, Discurso do Santo Padre no Encontro Inter-religioso em Viagem Apostólica aos Emirados Árabes Unidos, consultada em fevereiro 26, 2019, http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2019/february/documents/papa-francesco_20190204_emiratiarabi-incontrointerreligioso.html

64Francisco tem se encontrado com líderes religiosos do islamismo, judaísmo e de outras religiões orientais, por exemplo o budismo em Bangladesh e Mianmar.

*Doutor em Teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma. Docente Permanente no Programa de Estudos Pós-Graduados em Teologia da PUC-SP. Líder do Grupo de Pesquisa LEPRALISE (Leitura Pragmático- linguística das Sagradas Escrituras) registrado no CNPq. São Paulo/SP, Brasil. Orcid: 0000-0001-8011-6916. Contacto: banefulloa@gmail.com.

**É bacharela em Teologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), em Educação e Desenvolvimento pela Universidade Anáhuac - México e em Ciências Religiosas pelo Ateneu Pontifício Regina Apostolorum - Roma (UPRA). Atualmente é mestranda no Programa de Estudos Pós-Graduados em Teologia da PUC-SP (São Paulo - Brasil) e membro do grupo de pesquisa LEPRALISE (Leitura Pragmático-linguística das Sagradas Escrituras) registrado no CNPq. Bolsista Capes. Orcid: 0000-0003-4189-9588. Contacto: adriguimaraes1998@gmail.com.

Para citar este artículo: Nef Ulloa, Boris Agustin y Barbosa Guimarães, Adriana «A Cultura do Encontro: Palavras e Gestos em Francisco». Franciscanum 172, Vol. LXI (2019): 1-19

Recebido: 18 de Agosto de 2018; Aceito: 17 de Fevereiro de 2019

Creative Commons License Este é um artigo publicado em acesso aberto sob uma licença Creative Commons