Introdução
Os adolescentes desempenham um papel importante ao tomar decisões relacionadas à sua saúde. Decidir entre receber ou não uma vacina pode parecer fácil, mas nem sempre é; a decisão pode ser influenciada por diversos fatores como a comunicação de profissionais de saúde ou de outras pessoas e a comunicação de massa por meio da internet, estações de televisão, rádio e jornais. Assim, a disseminação de informações e a comunicação em saúde podem influenciar nos comportamentos de pais e adolescentes, até no momento de se vacinar 1.
A vacinação em massa, iniciada no século XX, "consentiu em erradicar ou reduzir drasticamente o ônus de doenças como a varíola e a poliomielite. Esses efeitos positivos das campanhas de vacinação apagaram a memória das consequências trágicas das doenças generalizadas do passado, levando as pessoas a subestimar a gravidade dos danos que as vacinas impedem. Nos últimos anos, uma mistura complexa de fatores contextuais promoveu uma amplificação dessa situação paradoxal, a hesitação vacinal" (2, p157). "Porém, é de responsabilidade dos pais o dever de proteção dos seus filhos. A ética de responsabilidade deve fortalecer a lógica da aceitação de ser vacinado, servindo de apoio na passagem da vacinação compulsória para o livre arbítrio" (2, p159).
É notória a importância das vacinas na proteção à saúde 3. No Brasil, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) disponibiliza imunobiológicos para toda a população, desde a sua concepção, imunizando as gestantes, do nascimento até a senescência, com calendário vacinal específico para cada faixa etária. O PNI considera como adolescente o indivíduo entre 10 e 19 anos e recomenda para essa faixa etária a vacina contra hepatite B, febre amarela, dT (difteria e tétano), tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), meningocócica C e Papilomavírus Humano (VPH), levando em consideração seu histórico vacinal 4.
Mesmo estando as vacinas disponibilizadas na rede pública brasileira, muitos adolescentes apresentam o cartão de vacinação em atraso, seja por esquecimento, falta de orientação ou por considerar a vacina desnecessária 5.
Outros estudos apontam que muitos indivíduos deixam de se vacinarem pelos mais diferentes fatores: esquecimento, falta de tempo, longas filas nos centros de saúde, devido a eventos adversos, pela cultura e falta de conhecimento, influência de amigos, a mídia ou até por experiências já viven-ciadas. A hesitação em não receber as vacinas deve ser sempre ponderada no contexto histórico, político e sociocultural onde ocorre a vacinação. Reforça-se a influência da comunicação efetiva e a informação correta sobre a relevância de vacinar 6,7 por parte dos profissionais da atenção primária à saúde (APS), por serem fonte de informação confiável para a população, como também a captação de esquemas incompletos de vacinas e sua devida atualização, reduzindo as oportunidades perdidas de vacinação e, consequentemente, o aumento da cobertura vacinal 8.
O diálogo informativo entre a população e a equipe de saúde promove o fortalecimento do vínculo e do acesso da comunidade aos serviços, contribui para o desenvolvimento de ações de promoção da saúde e a prevenção de riscos e agravos e pode, também, colaborar com a construção de práticas educativas 9,10.
No entanto, um estudo realizado na Geórgia, Estados Unidos, evidenciou que "simplesmente ser exposto a informações não é suficiente para influenciar as decisões dos pais sobre a vacinação. Mas, é provável que o conteúdo das mensagens e/ ou a avaliação do valor de uma fonte influencie atitudes de maneiras significativas que possam afetar a probabilidade de vacinação" (1, p1643).
A equipe de enfermagem responsável pela sala de vacinação deve oferecer informações adequadas sobre vacinação, atenção especial e vacina segura; acolher as pessoas e propiciar informação quanto à vacina administrada os cuidados e possíveis eventos adversos, e o aprazamento da data de retorno à sala de vacinação 11.
Ao considerar que a escola se caracteriza pelo espaço de produção de conhecimento e disseminação de saberes entre adolescentes e demais faixas etárias, questiona-se: qual o conhecimento dos adolescentes do 9o ano do ensino fundamental de escolas públicas sobre vacinas, as doenças transmissíveis e as imunopreveníveis? Este estudo apresenta como hipótese que o conhecimento dos adolescentes do 9o ano do ensino fundamental de escolas públicas sobre vacinas, as doenças transmissíveis e as imunopreveníveis é incipiente.
O objetivo deste estudo foi analisar o conhecimento de adolescentes do 9o ano do ensino fundamental de escolas públicas sobre vacinas, as doenças transmissíveis e as imunopreveníveis.
Materiais e metódos
Trata-se de um estudo epidemiológico de delineamento transversal, descritivo, em interface com a extensão. O plano amostral buscou atingir representatividade da população de 2283 escolares matriculados no 9° ano do ensino fundamental do município. Utilizou-se a amostragem por conglomerados, ou seja, foram sorteadas, inicialmente, as escolas e em seguida os alunos dessa escola, totalizando 605 adolescentes participantes do estudo. A distribuição das escolas amostradas foi proporcional ao número de escolas municipais e estaduais do município cenário de estudo, obedecendo-se a sua representação pelas regiões educacionais do município: central, nordeste, noroeste, sudeste, sudoeste e oeste.
A amostra foi de 605 adolescentes de 22 escolas públicas de um município de grande porte de Minas Gerais, Brasil. Como critério de inclusão adotou-se o adolescente estar matriculado no 9° ano do ensino fundamental e como de exclusão, não estar presente no dia da coleta de dados. A escolha de adolescentes como participantes da pesquisa foi decorrente do interesse de se trabalhar com o grupo etário considerado iniciante na vida sexual, com possíveis demandas no campo sexual e reprodutivo e mais vulnerável a infecções por doenças transmissíveis e imunopreveníveis.
Para a coleta de dados, foi utilizado um roteiro de entrevista estruturado, previamente testado. Ele foi autoaplicado, mas com a presença dos pesquisadores, contendo questões relativas a aspectos socioeconómicos e demográficos, conhecimento de hepatite B e formas de prevenção, sobre doenças transmissíveis, infecções sexualmente transmissíveis (IST), doenças imunopreveníveis e vacinas:
Indique nas opções abaixo, em qual delas você mais obteve informações ou orientações sobre doenças transmissíveis e prevenção dessas doenças.
Qual ou quais das infecções e doenças listadas você considera que podem ser transmitidas pelo contato sexual?
Qual ou quais das formas listadas você considera uma possível forma de transmissão da hepatite B?
Qual ou quais das infecções e doenças listadas abaixo fazem parte do seu cartão de vacinação?
Para qual ou quais das infecções ou doenças listadas você já foi vacinado?
Você considera importante tomar vacina conforme o calendário vacinal?
Você tem medo de injeção?
Você já teve reação a alguma vacina? Se sim, qual a reação ou quais as reações?
Obedeceu-se às seguintes etapas para a coleta dos dados: definição das escolas e turmas; sorteio dos alunos e a data e horário dos encontros para coleta de dados; avaliação do cartão de vacinação de cada adolescente/criança/funcionário com classificação de vacina em dia ou em atraso, segundo o calendário básico para a faixa etária; levantamento dos alunos e funcionários com vacina em atraso; agendamento da ação educativa sobre vacinação e doenças imunopreveníveis; envio de bilhete ao responsável pela criança/adolescente para autorização da vacinação no ambiente escolar; vacinação em ambiente escolar; quando não foi autorizado a vacinação do adolescente/criança pelo responsável, outro bilhete foi enviado especificando as vacinas em atraso e orientando a procurar a APS de sua referência para regularizar a situação vacinal.
O software EpinfoTM 7.2 foi utilizado para a tabulação dos dados sendo a análise dos dados conduzida com o software Statistical Package for Social Science, versão 23.0 e calculado as médias, medianas, frequências absolutas e relativas, desvios-padrão das variáveis.
O teste de Kappa de Cohen foi utilizado para avaliar o nível de concordância e neste estudo consideraram as respostas de duas questões presentes no questionário respondido pelos adolescentes participantes deste estudo: 1. Quais doenças imunopreveníveis fazem parte do seu cartão de vacinação? 2. Quais vacinas você já recebeu? Essa análise é interpretada através de valores, sendo que resultados < 0 indicam nenhuma concordância, 0 a 0,20 como ligeira concordância, 0,21 a 0,40 como uma concordância considerável, 0,41 a 0,60 como moderada, 0,61 a 0,80 como substancial e 0,81 a 1,00 como uma excelente concordância (12). Para todas as análises, estabeleceu-se o nível de significância estatístico de 5 %.
Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Federal de São João del-Rei, Campus Centro Oeste, segundo o Parecer de No 300.647. Atendendo à Resolução do Conselho Nacional de Saúde No 466, de 12 de dezembro de 2012, foram cumpridos os princípios éticos de não maleficência, beneficência, justiça, equidade e autonomia dos participantes. Foi solicitada a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido pelos diretores das instituições educacionais e pelos responsáveis legais dos adolescentes. Também, foi solicitado o Termo de Assentimento ao adolescente.
Resultados
A amostra foi composta por 605 escolares adolescentes do 9o ano do ensino fundamental de 22 instituições escolares públicas, entre 13 e 18 anos, com uma média de idade de 14,35 anos (DP = 8,52). Dos 475 alunos do 9o ano que apresentaram cartão de vacinação na coleta de dados da pesquisa, observou-se uma cobertura vacinal de apenas 45,1 % para todas as vacinas do calendário nacional do adolescente. A Tabela 1 aborda o perfil dos participantes da pesquisa e a análise de variáveis relacionadas à imunização. Nas questões referentes ao local de vacinação e da obtenção de informações sobre IST e formas de prevenção, os adolescentes puderam assinalar mais de uma alternativa.
Referente ao local "outro" de escolha para vacinação, 13 entrevistados afirmaram já ter recebido vacina em locais como no batalhão da polícia militar, em casa, na escola, em hospitais e no emprego do pai. A Tabela 2 apresenta o conhecimento dos adolescentes sobre as doenças transmissíveis, as doenças imunopreveníveis inseridas no cartão de vacinação e as doenças imunopreveníveis que os adolescentes afirmaram serem vacinados.
Os 605 adolescentes afirmaram já ter recebido informações ou orientações sobre dengue. Destes, 92 (15,2 %) assinalaram a existência de uma vacina contra essa doença e 87 (14,4 %) responderam já terem sidos vacinados contra a dengue, mas a mesma não se encontra disponível na rede pública do estado de Minas Gerais. Afirmaram existir vacina contra infecções ainda não imunopreveníveis: Hiv 14 (2,31 %), sífilis 11 (1,8 %), herpes simples 5 (0,8 %), gonorreia 4 (0,7 %) e para candidíase 2 (0,3 %).
A Tabela 3 expõe a análise de concordância entre as respostas dos adolescentes nas questões que abordavam "qual imunobiológico faz parte do cartão de vacinação" e "com qual eles já foram vacinados".
Discussão
Apesar de 88,4 % dos adolescentes afirmarem possuir o cartão de vacinação, muitos não o expuseram no ato da vacinação e, mesmo indicando a importância de tomar todas as vacinas, apresentaram vacinas em atraso. Coberturas vacinais baixas ou mesmo próximas às metas estabelecidas são insuficientes para erradicar ou controlar doenças imunopreveníveis, predispondo episódios de surtos. Cabe ao enfermeiro e a equipe de enfermagem identificar os possíveis determinantes para o não alcance dessas metas e estabelecer estratégias de vacinação 13 como a vacinação em ambiente escolar.
Algumas doenças não imunopreveníveis foram mencionadas pelos adolescentes deste estudo como integrantes do cartão de vacinação e outros mencionaram já terem recebido uma vacina contra essas doenças. Este resultado indica a necessidade da informação correta e comunicação em saúde sobre doenças transmissíveis e minimização de riscos em vista à proteção da saúde individual e coletiva.
Em relação às respostas dos adolescentes sobre as vacinas presentes no cartão e com qual imunobiológico já foram vacinados, a análise de Kappa evidenciou uma concordância substancial em relação à vacina contra FA e uma concordância moderada entre as demais vacinas, indicadas pelo PNI conforme calendário básico do adolescente.
As campanhas de saúde pública visam encorajar e convencer o público-alvo e/ou seus responsáveis da necessidade da mudança de comportamentos como fim de promover a saúde 14. Portanto, faz-se necessário testar cuidadosamente mensagens de informação/comunicação em campanhas de vacinação antes de torná-las públicas a fim de disseminar o máximo de informações corretas e necessárias sobre o tema 15. Os profissionais de enfermagem envolvidos na vacinação carecem saber como essas mensagens são recebidas e se essa informação ou o modo de comunicação têm influência na intenção de vacinar. Devem considerar como as crenças e valores das pessoas medeiam seu processamento de informações e sua confiança na fonte da informação 16,17.
Um estudo realizado na província de Granada, Espanha, identificou que mães e pais manifestaram um sistema de crenças de saúde diferente do paradigma biomédico. Do ponto de vista ético, justificam sua posição com base no direito à autonomia e responsabilidade por suas decisões e alegaram motivos específicos, como dúvidas frente à administração de várias vacinas simultaneamente em idade precoce, de forma sistemática e sem individualizar cada caso por temerem efeitos adversos e não entenderem as variações do cronograma de vacinação. Os discursos de vacinação hesitante respondem ao conflito individual versus o coletivo: os pais defendem seu direito de criar seus filhos sem qualquer interferência do Estado e concentram sua responsabilidade no bem-estar individual de seus filhos e filhas, independentemente das consequências que suas ações possam ter sobre o coletivo 18.
Os resultados apontam, neste estudo, que a escola foi considerada pelo adolescente como o principal local de obtenção de informações sobre doenças transmissíveis e suas formas de prevenção. Os educadores não reconhecem como uma de suas atribuições e responsabilidades a ampliação do acesso dos adolescentes à informação, por exercerem importante função na promoção da saúde dos escolares 19.
Um estudo sobre iST/Aids com adolescentes entre 13 e 16 anos, usando como tecnologia uma web rádio, indica a necessidade do compartilhamento de informações na escola sobre o tema, a escuta e o estabelecimento de vínculo entre profissionais da saúde/educação e adolescentes 20.
Outro estudo ressaltou a escola como um lugar privilegiado para a promoção e a educação em saúde e a prevenção de riscos e agravos, como a vacinação, por ser um espaço de aprendizagem e por poder influenciar o comportamento dos adolescentes 21. Diminuir a distância física entre os serviços de saúde e os indivíduos pode ser uma estratégia eficaz na obtenção de maior adesão às práticas preventivas 22 e, assim, o ambiente escolar se torna um local ideal para a promoção dessas práticas.
Os familiares também se tornam importantes disseminadores de informações aos adolescentes 23. Os progenitores foram a segunda fonte de informação mais citada neste estudo.
A mídia (internet, revista e televisão) foi uma fonte de informação sobre doenças transmissíveis e vacinação, sobrepondo-se às unidades de saúde. No meio digital, as informações a respeito de vacinas são, muitas vezes, distorcidas e há uma disseminação rápida de informações erradas na internet 24.
Devido à facilidade de divulgação de informações e opiniões na internet para um público amplo, é primordial a atualização dos profissionais da saúde e da enfermagem para dissipar os mitos divulgados, pois esses pontos de vista errôneos podem ser empecilhos na decisão de se vacinar 25.
Outro fator primordial para a decisão dos adolescentes de se vacinarem ou não é o vínculo com os profissionais de saúde. Essa faixa etária apresenta dificuldade de acesso aos serviços de saúde por diversos motivos, como a demora no atendimento e na marcação de consultas, a escassa adequação dos serviços às necessidades e linguagens dos adolescentes 26. Profissionais de enfermagem mais acessíveis, que compartilhem a mesma linguagem dos adolescentes, podem obter mais sucesso na hora de vacinar esse público.
Cabe à equipe de saúde planejar e executar intervenções que visem à integração e troca de experiências/informação/conhecimento, considerando o contexto cultural, social e familiar vivenciados pelos adolescentes para a promoção da saúde e a prevenção de riscos e agravos 27, assim como intervenções direcionadas ao treinamento e aperfeiçoamento da comunicação interpessoal dos profissionais de saúde, não só em campanhas de vacinação, mas também no contexto da imunização de rotina 28. Essas intervenções podem impactar na aceitação da vacina e, consequente, no aumento das coberturas vacinais.
Apesar da facilidade em obter múltiplas informações, muitos adolescentes possuem déficit de conhecimento sobre cuidados com a saúde, falta de comunicação adequada com os pais, além das informações recebidas e/ou acessadas na internet de maneira distorcida, impactando nas suas atitudes 29. Compete à equipe de saúde e é papel da Enfermagem (profissional responsável pela sala de vacina) investir em prevenção de riscos e agravos por meio de ações educativas em saúde. Ressalta-se a importância e a necessidade da divulgação das ações de imunizações em parceria com os diversos segmentos sociais 30. Entre adolescentes, informação e comunicação eficaz sobre a necessidade de imunização tornam-se relevantes em virtude do caráter preventivo.
O medo de injeção observado nos resultados deste estudo, mais comum entre as mulheres, foi corroborado nas ações para a imunoprevenção. Os adolescentes apresentaram-se ansiosos, nervosos e, às vezes, indecisos frente à vacinação, questionando-se: "Preciso mesmo tomar vacina?".
A reação de dor à picada da agulha pode levar a alterações fisiológicas (como o desmaio ou hipotensão), sendo um evento de ordem emocional ou psicológica e não um evento adverso da vacina. O medo da injeção deve ser avaliado e trabalhado, pois pode afastar parte do público-alvo da sala de vacina 31. Um estudo feito no sul do Brasil elencou o medo como antecessor que impossibilita as pessoas de se decidirem por ir a uma unidade de saúde, e o medo de injeção como motivo de recusa dos adolescentes para se vacinarem 32. O desconhecimento dos riscos das doenças e o medo da agulha colaboram para a vacinação ainda não ser amplamente difundida. É necessário despertar a importância preventiva da vacinação, principalmente por meio de uma comunicação efetiva entre usuário e profissional.
Esta investigação em interface com a extensão ao desenvolver ação educativa e de vacinação, frente à prevenção de doenças transmissíveis e imunopreveníveis, apresentou impacto sobre uma realidade conhecida e analisada e contribuiu para a mudança desta realidade e a produção de conhecimento.
Este estudo apresenta como limitação o viés de aferição, pois o roteiro estruturado da entrevista utilizado na coleta de dados foi autorrespondido pelo adolescente.
Conclusão
Ao analisar o conhecimento dos adolescentes do 9o ano do ensino fundamental de escolas públicas sobre vacinas, as doenças transmissíveis e as imunopreveníveis, este estudo evidenciou a desinformação dos adolescentes. Os adolescentes apresentaram o questionamento "preciso mesmo tomar vacina?" pela indecisão frente à vacinação, à ansiedade, além dos resultados identificarem uma baixa cobertura vacinal. Como se trata de um estudo em interface com a extensão, observou-se que a comunicação e a informação em saúde podem ser efetivas na decisão dos adolescentes para se vacinarem e, assim, aumentar a cobertura vacinal, contribuindo com ações preventivas e construção social de práticas saudáveis de vidas, individual e coletivamente.
Os resultados encontrados indicam contribuições para a área da Saúde e da Enfermagem ao apresentarem que a informação e a comunicação efetivas sobre doenças imunopreveníveis podem favorecer decisões seguras para a vacinação e modificar uma realidade com baixas coberturas vacinais.