INTRODUÇÃO
Durante a prestação do cuidado as mãos dos profissionais da saúde são contaminadas por agentes patógenos, constituindo-se no principal mecanismo de transmissão de microrganismos de um local para outro, de um paciente para outro ou de um local contaminado para os pacientes1,2. Deste modo, a adesão ao procedimento de higienização das mãos de forma rotineira é constantemente associada a práticas seguras do cuidado à saúde, em especial em setores de alta complexidade destinados à pacientes considerados vulneráveis, como crianças3. Sendo assim, primordial a prática de higienização das mãos pelos profissionais da área da saúde a fim de evitar e reduzir as Infecções Associadas aos Cuidados de Saúde (IACS).
Cumpre mencionar que as IACS acometem milhões de pessoas por ano4. Portanto, estes eventos adversos compõem um grave problema de saúde pública, por favorecer sobremaneira a resistência de microorganismos a terapêuticas farmacológicas; aumento do período de internação hospitalar; maior oneração aos sistemas de saúde e elevação da mortalidade1.
Nos hospitais europeus, a taxa de transmissão de infecções em decorrência da assistência prestada pelos profissionais de saúde é de aproximadamente cinco milhões por ano4. Nessa perspectiva, estima-se que em países desenvolvidos, sete a cada 100 pacientes hospitalizados adquirem IACS e países em desenvolvimento apresentam em torno de dez pacientes5.
Com relação ao impacto das IACS, a maior parcela ocorre nos grupos vulneráveis, em especial em paciente pediátricos, no qual há registros de cerca de quatro mil mortes de crianças em consequência dos eventos adversos nos países em desenvolvimento3. Apesar da gravidade clínica e epidemiológica das IACS, ressalta-se que tais infecções podem ser evitadas ou minimizadas, principalmente quando a higienização das mãos é realizada de forma frequente e correta4.
Ao reconhecer o papel central da higienização das mãos para a prevenção de IACS, e ação que protagoniza a segurança do paciente, em 2005 a Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou o desafio global da segurança do paciente, intitulado como “cuidado limpo é cuidado mais seguro”6. Tal proposta intenta a mobilização dos países para reduzir as IACS dando amplo enfoque à prática racional da higiene das mãos dos profissionais de saúde6.
Com objetivo de orientar os profissionais de saúde sobre as melhores práticas de higienização das mãos e prevenir a transmissão de microrganismos, em 2013 a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) estabeleceu o Protocolo para a Prática de Higienização das Mãos em Serviços de Saúde, o qual indica a técnica correta e cinco momentos em que os profissionais da saúde devem higienizar as mãos: “antes do contato com o paciente”, “antes da realização de procedimentos”, “após o risco de exposição a secreções e fluidos corporais”, “após contato com o paciente” e; “após o contato com áreas próximas ao paciente”7.
Embora o entendimento acerca da efetividade da higienização das mãos na precaução de infecções seja disseminado, destaca-se que a adesão dos profissionais de saúde a essa prática ainda se apresenta de forma insuficiente1. Neste escopo, a OMS revela que 70% dos profissionais da saúde não realizam a higienização das mãos de forma habitual4.
Comparando-se as oportunidades de higienização das mãos com a prática efetiva, foi constatado que enfermeiros e médicos realizam o procedimento em menos de 50% das vezes em que deveriam2, e; esse quadro é agravado em situações críticas em que a limitação de tempo e a carga elevada de trabalho reduz a adesão a essa prática para 10%2.
Um estudo desenvolvido em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) de hospitais americanos constatou que a higienização das mãos pelos profissionais da área da saúde foi realizada apenas em 26% das ocasiões recomendadas8. No Brasil, uma pesquisa observacional, realizada com a equipe médica, de enfermagem e fisioterapia de uma UTI para adultos de hospital de ensino do Paraná, identificou adesão de 28,6% à prática de higienização das mãos, implicando assim em condições de insegurança ao paciente9.
Frente ao panorama que pontua o paciente pediátrico como aquele de maior vulnerabilidade à IACS3, aliado ao fato de que situações assistenciais complexas diminuem a adesão do profissional à higienização das mãos2, considerase que investigar acerca da prática da higienização das mãos no cuidado em terapia intensiva pediátrica pode subsidiar decisões que permitam planejar melhor a oferta de cuidados (mais) seguros. Com base nisso, questiona-se: Como se apresenta a adesão da equipe de enfermagem de Unidades de Terapia Intensiva Pediátrica à higienização das mãos? Para responder a esta questão este estudo objetivou investigar e confrontar a adesão da equipe de enfermagem de Unidades de Terapia Intensiva Pediátrica (UTI-P) de três hospitais universitários públicos da região Sul do Brasil quanto à higienização das mãos, bem como comparar a adesão desta prática entre os profissionais enfermeiros e técnicos de enfermagem.
MATERIAIS E MÉTODOS
Estudo descritivo e transversal, realizado em três UTI-P de hospitais universitários públicos de médio a grande porte, situados na região Sul do Brasil. Destes, dois são de regência estadual (Hospital A e Hospital B) e um, de administração federal (Hospital C).
A UTI-P do Hospital A possui cinco leitos de internação e sete pias para higienização das mãos. Conta com uma equipe profissional composta por seis enfermeiros, sete técnicos de enfermagem e nove auxiliares de enfermagem. Já no Hospital B, a UTI-P conta com seis leitos de internação e dois leitos de isolamento e pias para higienização das mãos. A equipe de enfermagem é formada por 11 enfermeiros e 10 técnicos de enfermagem. Por sua vez, no Hospital C a UTI-P possui seis leitos de internamento e seis de isolamento, contando com oito pias para higienização das mãos e uma equipe profissional composta por seis enfermeiros, nove técnicos e 14 auxiliares de enfermagem. Destaca-se que em todas as instituições os profissionais realizam escala de trabalho disposta por seis ou 12 horas por turno, com plantão de 12 horas nos finais de semana.
Os dados foram coletados por mestrandos e doutorandos capacitados para tal, entre fevereiro a março de 2015, durante sete dias consecutivos, por meio da técnica de Observação não Participante ou Observação Sistemática, que se refere à coleta de dados in loco, por pessoa não envolvida no trabalho10. Para a coleta dos dados foi elaborado um formulário de observação, embasado no Manual para observadores: Estratégia multimodal da OMS para a melhoria da higienização das mãos2, e também, no Protocolo para a Prática de Higienização das Mãos em Serviços de Saúde da ANVISA7.
Participaram da pesquisa os profissionais enfermeiros e técnicos de enfermagem que atenderam ao critério de inclusão de atuar na UTI-P há pelo menos três meses. Ao longo dos sete dias de observação, os pesquisadores selecionaram aleatoriamente um profissional de nível superior e outro de nível médio para serem observados por turno, com sequenciamento alternado durante os dias, contemplando-se todos os turnos de trabalho.
Durante os turnos foram observadas e contabilizadas durante duas horas de trabalho efetivas, as oportunidades perdidas e aproveitadas da equipe de enfermagem das UTI-P, em relação aos cinco momentos preconizados pela Anvisa para realização da higienização das mãos.
Foi realizada estatística descritiva, com frequências absolutas (n) e relativas (%), no qual a análise dos dados foi desenvolvida com o software Microsoft Office Excel, versão 2010.
A pesquisa foi realizada após o parecer favorável à sua execução pelo Comitê Permanente de Ética em Pesquisas Envolvendo Seres Humanos (COPEP), da Universidade Estadual de Maringá, sob CAAE n0 32206414.6.1001.0104 e Parecer n° 866.802 e depois da concordância e assinatura dos participantes ao Termo de Consentimento Livre e Esclarecido - TCLE.
Cabe ressaltar que todos os aspectos éticos contidos na Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde foram respeitados.
RESULTADOS
Foram realizadas 42 horas de observações nas UTI-P das três instituições, durante os turnos matutino, vespertino e noturno. Desta forma, houve 14 horas de observações em cada instituição, com enfermeiros e técnicos de enfermagem. Nesse processo houve recusa de um profissional enfermeiro.
Durante as observações, foram verificadas 642 oportunidades de higienização das mãos e constatado a adesão dos profissionais da equipe de enfermagem em 360 (56%) das oportunidades de higienização das mãos.
Na Tabela 1, constam dados sobre a adesão à higienização das mãos das equipes de enfermagem de UTI-P dos hospitais investigados, segundo os momentos/oportunidades de recomendação à essa prática, bem como, por categoria profissional.
Momentos de oportunida de e adesão à higienização | Enfermeiro | % | Técnico de Enfermagem | % | Total | % |
---|---|---|---|---|---|---|
Oportunidade antes do contato | 100 | 100 | 102 | 100 | 202 | 100 |
Adesão a Higienização antes do contato | 51 | 51 | 47 | 46 | 98 | 48,5 |
Oportunidade antes do procedimento | 22 | 100 | 20 | 100 | 42 | 100 |
Adesão a Higienização antes do procedimento | 16 | 72,7 | 1 2 | 60 | 28 | 66,6 |
Oportunidade após risco de exposição | 20 | 100 | 34 | 100 | 54 | 100 |
Adesão a Higienização após risco de exposição | 17 | 85 | 22 | 64,7 | 39 | 72,2 |
Oportunidade após contato | 118 | 100 | 93 | 100 | 211 | 100 |
Adesão a Higienização após contato | 86 | 72,8 | 53 | 56,9 | 139 | 65,8 |
Oportunidade após contato próximo | 57 | 100 | 76 | 100 | 133 | 100 |
Adesão a Higienização após contato próximo | 33 | 57,8 | 2 3 | 30,2 | 56 | 42,1 |
Na Tabela 2, constam dados da adesão à higienização das mãos entre a equipe de enfermagem das UTI-P, por hospital, oportunidade e categoria profissional.
DISCUSSÃO
Diante do intuito de investigar a adesão da equipe de enfermagem de UTI-P de três hospitais universitários públicos da região Sul do Brasil quanto à prática de higienização das mãos, este estudo possibilitou a constatação de que esta prática ainda se apresenta aquém do ideal e incompatível com o cuidado seguro. A Tabela 1, que apresenta a comparação entre oportunidades de higienização das mãos com as vezes que a mesma é efetivada de acordo com os momentos recomendados pela OMS e Anvisa, demonstra que os profissionais negligenciam na maior parte das vezes a higienização das mãos, especialmente após contato próximo com o paciente e antes do contato com o mesmo. Quando comparado a adesão de enfermeiros e técnicos de enfermagem, verifica-se que os profissionais técnicos de enfermagem apresentaram uma menor adesão a higiene das mãos em todos os momentos preconizados, quando comparados ao profissional enfermeiro.
Esses dados são preocupantes porque, a higienização das mãos se relaciona diretamente com a transmissão de microorganismos e a simples adesão às medidas de higiene adequadas podem prevenir entre 20% a 30% das IACS11. É importante mencionar ainda que além de prevenir as IACS, a prática adequada da higienização das mãos, conforme recomendada pela OMS é capaz de prevenir a resistência bacteriana12, sendo assim primordial a adesão correta da higiene das mãos.
Estudos confirmam a baixa adesão a prática de higienização das mãos pelos profissionais da área da saúde, no entanto, ressaltam que nas pesquisas realizadas a adesão a higiene das mãos apresenta- se menor antes do contato do que após o contato com o paciente, mobiliário e equipamentos13–15.
Já um estudo observacional realizado em uma UTI pediátrica no Sul do Brasil identificou que, dentre as 209 oportunidades dos profissionais da saúde para higienizar as mãos, antes do preparo e administração de medicamentos, a prática foi realizada apenas em 66 (31,58%) oportunidades3. Tal dado remonta ao fato de que, embora a importância da higienização das mãos seja disseminada, a prática ainda não se concretiza no cotidiano assistencial.
No que diz respeito à adesão dos enfermeiros à higienização das mãos, reforça-se que estes apresentaram adesão maior a higienização das mãos quando comparados ao técnico de enfermagem, no entanto, no presente estudo, não apresentaram adesão satisfatória, principalmente antes do contato com o paciente (51%) e após contato próximo (57,8%). A maior adesão dos enfermeiros quando comparados aos profissionais técnicos de enfermagem pode ter relação com a elevada responsabilização de tal profissional, que atua como líder da equipe de enfermagem, devendo assim ser exemplo de comprometimento e de responsabilidade. Além disso, em casos de eventos adversos associados à assistência, este pode ser apontado como principal responsável porque, o enfermeiro é o gestor do cuidado à saúde.
Em relação as dificuldades dos profissionais de enfermagem de nível médio em aderir de forma adequada a higienização das mãos, um estudo14, identificou que a sobrecarga de trabalho e a rotina de assistência a vários pacientes, eram os principais fatores que dificultavam a realização da referida prática. Associado a isso, apontou outras razões como: educação permanente inadequada e insuficiente, indisponibilidade de equipamentos e; atendimento emergencial como fatores que dificultam a adesão destes profissionais a prática da higienização das mãos em todas as oportunidades preconizadas pela OMS e Anvisa14. Apesar disso, é necessário que a higienização das mãos seja uma prática que se torne hábito entre os mesmos porque, diuturnamente estão em contato direto com o paciente, colocando-os em risco.
Cabe mencionar que a adesão insatisfatória da higienização pelos profissionais técnicos de enfermagem também foi constatada em um estudo que teve como objetivo analisar a adesão dos profissionais de saúde atuantes em uma UTI, aos cinco momentos de higienização das mãos e identificou que os técnicos de enfermagem apresentavam a menor adesão a prática de higienização das mãos (29,8%)13. Outro estudo realizado em uma enfermaria de um Hospital Universitário de Belo Horizonte também constatou adesão inadequada, no qual apenas 32,2% dos técnicos de enfermagem aderiram a prática de higiene das mãos14.
Ressalta-se que a prática da higienização das mãos em menor frequência do que o recomendado foi observada também em uma UTI Infantil. Neste estudo15, a adesão a higienização das mãos foi investigada entre a equipe médica, de enfermagem e da equipe complementar e constatou-se que a equipe médica apresentava a maior adesão (39,8%), seguida da equipe de enfermagem (34%). Analisando as categorias profissionais o estudo constatou que o enfermeiro é o profissional com maior adesão à higienização das mãos (45%). Já os auxiliares de enfermagem e os técnicos de radiologia a menor adesão a esta prática (16% e 9% respectivamente). Frente a essas constatações verifica-se que a adesão a prática de higienização ainda é insuficiente, principalmente entre os profissionais de nível médio.
Neste estudo pode-se identificar ainda que os enfermeiros e os técnicos de enfermagem apresentaram maior adesão a higiene das mãos após o risco de exposição (85% e 64,7% respectivamente), corroborando com outro estudo13, que obteve resultado semelhante, no qual os profissionais apresentaram adesão de 55,6% a higiene das mãos após risco de exposição a fluídos e 58,9% aderiram a prática após contato com o paciente, sendo os dois principais momentos que apresentaram uma maior adesão a prática de higienização das mãos.
Cabe ressaltar que a baixa adesão dos profissionais para realizar a higienização das mãos pode não estar diretamente associado ao conhecimento teórico dessa ação, mas sim, a inclusão desse conhecimento na prática diária e no hábito cotidiano do profissional16. Nesta perspectiva, as instituições de saúde devem estabelecer estratégias voltadas à maior adesão do profissional a essa prática como, reduzir a sobrecarga de trabalho dos profissionais e aumentar os locais de higienização das mãos que, de acordo com o preconizado pela Anvisa, na UTI pediátrica deve conter um lavatório a cada quatro berços, sejam eles de cuidados intensivos ou não17.
Em análise da Tabela 2, a qual se refere à adesão da higienização das mãos por instituição de saúde, constatou-se que o Hospital C obteve o melhor percentual entre enfermeiros (90,7%) e profissionais técnicos de enfermagem (94,1%). Talvez a maior porcentagem seja justificada pelo fato de que a UTI pediátrica do referido hospital possui maior número de isolamentos quando comparado às outras instituições, o que pode gerar maior conscientização e cobrança quanto à prática de higienização das mãos. Em contrapartida, o Hospital A apresentou a menor adesão dos enfermeiros (39,5%) e técnicos de enfermagem (16,3%).
Cabe mencionar, que as diferenças na adesão à higienização das mãos entre os hospitais estudados também podem estar relacionadas com a cultura da instituição, formação dos seus profissionais, existência e/ou atuação do Núcleo de Segurança do Paciente e; também, do Serviço de Educação Permanente.
Um estudo realizado em hospitais da região Noroeste do Paraná constatou alto percentual de acertos pelos profissionais da enfermagem nas questões sobre higienização das mãos, porém, 86,5% dos profissionais investigados não conheciam na íntegra, as instruções para a prática de higienização das mãos18.
Mediante a constatação de que os profissionais de enfermagem têm pouca adesão à prática da higienização das mãos, conjectura-se que a realização de ações educativas e a implantação de programas de educação permanente nas instituições de saúde são primordiais para incentivar e sensibilizar os profissionais para a adesão de práticas que contribuem à prevenção das IACS, como a higienização das mãos, em todos os momentos indicados pela OMS e Anvisa.
Como limitações deste estudo destacam-se a não inclusão de outras categorias profissionais da área da saúde e a não avaliação do conhecimento dos participantes sobre a prática de higienização das mãos, o que poderia subsidiar a identificação das falhas e causas da não adesão dos profissionais a esta prática, colaborando para o planejamento de ações para sensibilizar os profissionais sobre a importância e necessidade da adesão conforme preconizado, a prática de higienização das mãos. No entanto, cabe ressaltar que este estudo possibilitou identificar as práticas de enfermeiros e técnicos de enfermagem atuantes em UTI-P de três hospitais universitários públicos da região Sul do Brasil favorecendo aos gestores e profissionais informações para subsidiar ações de educação permanente, bem como o fortalecimento da cultura de segurança do paciente a fim de melhorar a qualidade dos cuidados, garantindo uma assistência livre de danos e riscos ao paciente.
CONCLUSÕES
Conclui-se que a adesão à higienização das mãos pela equipe de enfermagem das UTI-P dos hospitais investigados é deficitária porque os profissionais da equipe de enfermagem apresentaram adesão insatisfatória à higienização das mãos nos momentos preconizados pela OMS e ANVISA. Além disso, os profissionais técnicos de enfermagem se mostraram menos aderentes à prática de segurança do paciente do que os enfermeiros.
Como sugestão de novas investigações, propõe-se que diferentes profissionais da área da saúde e abordagens mistas sejam realizadas para que se elucidem com mais profundidade as causas da não adesão à higienização das mãos pelos profissionais da saúde. Além disso, sugere-se investigações com foco na responsabilidade profissional do enfermeiro, relacionada à adesão de práticas seguras.