INTRODUÇÃO
A autoeficácia é identificada como um fator importante no comportamento e gerenciamento dos resultados de saúde em pacientes com doença crônica (DC)1. É definida como a crença na capacidade do indivíduo para mobilizar a motivação necessária, recursos cognitivos e comportamentos para executar tarefas importantes, como por exemplo, no gerenciamento das DC2.
As DC são consideradas um dos mais desafiadores problemas da saúde pública global3, relacionadas a múltiplos fatores etiológicos, como sedentarismo, alimentação inadequada, uso de tabaco e consumo de álcool3. Caracteriza-se por agravos prolongados e que requerem gerenciamento por parte dos profissionais de saúde, familiares e pelo próprio indivíduo4. As DC são responsáveis por um elevado número de mortes em todo o mundo, principalmente quando se trata das DC não transmissíveis, como o câncer, doenças pulmonares crônicas e doenças cerebrovasculares3,5.
O gerenciamento de DC transmissíveis e não transmissíveis é reconhecido como um componente importante nos cuidados de saúde, havendo um crescente interesse de estratégias voltadas a ele6. Deve ser um processo dinâmico, interativo e diário, em que o indivíduo se empenha para administrar ou conduzir uma doença6. As DC geralmente são complexas e desafiadoras e, por essa razão, instrumentos e programas de gerenciamento vêm sendo planejados e implantados com o objetivo de melhorar os resultados desses indivíduos com DC, tais como diabetes7, doenças cardíacas8, depressão9, asma10, hipertensão11.
Há um crescente interesse em avaliar a autoeficácia nas práticas em saúde, por ser um indicador que pode prever informações acerca da qualidade do autogerenciamento ou da adesão de pacientes com doenças crônicas a programas de saúde, auxiliando no atendimento de profissionais da área da saúde, no uso de medicamentos e controle de sintomas relacionados à enfermidade2. Uma das formas de mensurar a autoeficácia na DC é através da Self-Efficacy for Managing Chronic Disease 6-Item Scale (SEMCD-6), criada por Lorig et al., 200112. A SEMCD-6 é uma escala comumente usada para avaliar a autoeficácia em indivíduos com DC e, também, em programas de autogerenciamento de diferentes DC12. Diante disso, o objetivo da presente revisão sistemática foi identificar na literatura os estudos que utilizaram a Self-Efficacy for Managing Chronic Disease 6-Item Scale como ferramenta para avaliação da autoeficácia.
MATERIAIS E MÉTODOS
A revisão sistemática foi realizada conforme os Principais Itens para Análises Sistemáticas e Meta-análises (PRISMA Statement)13, com o objetivo de identificar os estudos que utilizaram a SEMCD-6 como ferramenta para avaliação da autoeficácia.
Para a coleta dos dados, foi utilizado o acrônimo PICO, em que: “P”- Population, especifica qual a população em foco, “I”- Intervention, define qual o tipo de intervenção estamos testando, “C”- Comparison, identifica qual é o grupo controle que será testado juntamente com a intervenção, e “O”- Outcome, identifica os desfechos que foram avaliados. Essa estratégia direcionou questões norteadoras para a busca de dados, evitando informações desnecessárias14. O uso dessa estratégia para conduzir a revisão sistemática possibilita a identificação de palavras-chave e a localização de estudos primários relevantes nas bases de dados14.
O primeiro elemento da estratégia (P), equivale aos doentes crônicos, o segundo (I) ao gerenciamento da DC; o quarto (O) identificar os estudos que usaram o instrumento em DC. É importante lembrar que dependendo do método de revisão, não se aplica todos os elementos da PICO. Na presente revisão, o terceiro elemento, ou seja, a comparação, não foi utilizada.
A busca de artigos foi realizada bases de dados Science Direct, PubMed, BIREME, LILACS, SCIELO e Google Acadêmico entre os meses de julho e agosto de 2017, usando o descritor “Self-Efficacy for Managing Chronic Disease 6-Item Scale”. Os artigos foram pesquisados manualmente, considerando como critérios de inclusão: publicações entre os anos de 2001 e 2017; escritos em idioma português, espanhol e inglês; com acesso online do texto completo e estudos que utilizaram a escala como ferramenta para avaliar a autoeficácia. Foram respeitados os princípios éticos durante a busca, bem como, os direitos autorais e referências. Livros, teses, dissertações, citações e notas editoriais foram excluídos. Num primeiro momento, os estudos foram selecionados pelo título e resumo; posteriormente, analisados na íntegra pelas autoras. Os dados extraídos dos artigos incluíram nome do autor e ano da publicação, país, população, objetivo principal do estudo, resultado principal e conclusão.
A inclusão dos artigos foi realizada conforme os Principais Itens para Análises Sistemáticas e Meta-análises (PRISMA Statement)13. Os estudos passaram por um check list no qual, no mínimo, sete (07) dentre todos os itens foram atendidos e, se assim fossem pertinentes, entravam na revisão.
RESULTADOS
Um total de 36 publicações foram identificadas nas bases de dados pesquisadas, no entanto, 11 publicações apresentaram duplicidade. Assim, foram selecionadas 25 publicações para análise do texto completo seguindo os critérios de inclusão. Não houve acesso gratuito à apenas uma das publicações; cinco (5) não usaram a Self-Efficacy for Managing Chronic Disease 6-Item Scale (SEMCD-6), três (3) não forneceram dados suficientes para inclusão na presente revisão e um (1) usou a SEMCD-6 como referência para adaptar outro instrumento. Em razão disso, para a presente revisão foram selecionadas 15 publicações, conforme apresentado na Figura 1.
Os artigos analisados tinham os seguintes objetivos: investigar a prevalência de dor; avaliar e implementar programas de autogestão e autogerenciamento da doença crônica (DC); explorar as propriedades psicométricas do instrumento; investigar comportamentos de autocuidado; examinar a autoeficácia na qualidade de vida e saúde em hipertensos, síndrome da fadiga crônica, depressão e na melhoria do atendimento ao paciente; comparar a autoeficácia em indivíduos com Esclerose múltipla e outras DC, conforme apresentado no Quadro 1.
Autor e ano | País | População | Objetivo | Resultado principal | Conclusão |
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Willians et al., 2013 | Austrália | Indivíduos com Doença Crônica | Avaliar a autoeficácia num programa de autogerenciamento de indivíduos com Doença Crônica. | No seguimento de 16 semanas não houve diferença significativa entre os grupos na autoeficácia. Após 4 meses de intervenção, houve aumento na autoeficácia. | Em geral, os participantes do programa Moving On demonstraram tendências positivas de autoeficácia e comportamentos de autogestão. |
Freund et al., 2013 | Alemanha | Indivíduos com Doença Crônica em cuidados primários | Explorar as propriedades psicométricas da Self-Efficacy for Managing Chronic Disease 6-Item Scale (SES6G). | Boa validade de construção e elevada consistência interna. | A Self-Efficacy for Managing Chronic Disease 6-Item Scale (SES6G) é um instrumento válido e confiável para avaliar autoeficácia e para o gerenciamento da Doença Crônica. |
Haslbeck et al., 2015 | Suíça | Indivíduos adultos que desejam participar do programa | Descrever o sistema de adaptação alemã para implementação do programa de autogerenciamento da Doença Crônica de Stanford. | Impactos de curto e longo prazo na autoeficácia foram observados após a participação da oficina. Os participantes relataram impactos positivos sobre aspectos de enfrentamento e autocuidado. | Achados sugerem que o processo de adaptação foi efetivo e que o programa pode ser implementado com sucesso em diversos setores de saúde e comunidade. |
Parker; Jelsma; Stein, 2016 | África do Sul | Mulheres Xhosa que vivem com HIV | Estabelecer a prevalência de dor em mulheres com HIV e se há associação entre dor e fatores psicossociais. | Indivíduos com dor tinham menor autoeficácia relacionado à saúde e qualidade de vida. | Este estudo destaca que a dor é um problema comum para as mulheres amaXhosa que vivem com HIV/AIDS. |
Kvale et al., 2016 | EUA | Indivíduos com câncer de mama | Examinar os efeitos da intervenção do Patient-owned Survivorship Transition Care for Activated, Empowered Survivors (POSTCARE) sobre os resultados dos pacientes e a coordenação dos cuidados. | Grupo de intervenção comparado a aqueles que receberam cuidados habituais demonstraram uma tendência para maior autoeficácia. | A intervenção Patient-owned Survivorship Transition Care for Activated, Empowered Survivors (POSTCARE) parece ter um impacto positivo. |
Bello-Hass et al., 2011 | Canadá | Indivíduos com Doença de Parkinson | Examinar as propriedades psicométricas de seis medidas de desfecho em pessoas com Doença de Parkinson | A precisão (alfa de Cronbach) para a SSE foi 0,91. | Self-Efficacy for Managing Chronic Disease 6-Item Scale (SSE) apresenta boa confiabilidade. |
Tao et al., 2017 | China | Idosos com DPOC | Examinar medidas psicométricas em idosos com DPOC | A validade do constructo da Physical Activity Scale for the Elderly (PASE-C) tem correlação com a SES6 (r=0.396). | O Physical Activity Scale for the Elderly (PASE-C) tem confiabilidade e validade aceitáveis para pacientes com 60 anos ou mais com DPOC. |
Hu et al., 2015 | China | Indivíduos com insuficiência cardíaca | Investigar as mudanças e os fatores dos comportamentos de autocuidado nos primeiros 3 meses após a alta. | Uma análise de correlação de Pearson demonstrou a existência de uma relação inversa significativa entre os escores de comportamento de autocuidado e suporte social e autoeficácia na linha de base, 1 mês e 3 meses após a alta. | Um suporte adicional deve ser fornecido aos pacientes com insuficiência cardíaca com baixos níveis educacionais e pacientes com múltiplas comorbidades. |
Wang et al., 2017 | China | Hipertensos de uma área rural da China | Examinar a associação entre a Health-related quality of life (HRQL) de pacientes hipertensos e alfabetização em saúde e eficácia de autogestão. | Health-related quality of life (HRQL) teve uma significância relacionada com a idade, nível de educação, alfabetização em saúde e eficácia da autogestão. | Tal avaliação pode ajudar os profissionais a identificar a população com maior risco de resultados de saúde precários e baixos bem estar futuro. |
Baldini et al., 2017 | EUA | Indivíduos com doenças neurológicas e adultos com condições crônicas gerais | Avaliar as medidas do Patient-Reported Outcomes Measurement Information System (PROMIS®). | Correlações significativas foram vistas entre as medidas de AE e outros formulários curtos Patient-Reported Outcomes Measurement Information System (PROMIS®). | O desenvolvimento do PROMIS Self-Efficacy mostrou boa consistência interna e validade transversal. |
Thombs et al., 2017 | 35 estudos analisados sobre Esclerose Sistêmica e outras Doença Crônica | Comparar os escores usando a mensuração da autoeficácia pela SEMCD-6 entre indivíduos com Esclerose Sistêmica e outras Doença Crônica. | A maioria dos indivíduos com Esclerose Sistêmica relatou menor autoeficácia comparado aos outros grupos. | Intervenções de autocuidado destinadas a atender às necessidades exclusivas dos pacientes com esclerose sistêmica são necessários. | |
Jerant et al., 2008 | EUA | Indivíduos recrutados com artrite, asma, DPOC, ICC, Depressão e Diabetes Mellitus | Explorar o efeito moderador dos sintomas depressivos sobre o efeito de uma intervenção para melhorar a autoeficácia. | Análises de regressão revelaram que a intervenção foi efetiva principalmente naqueles com depressão autorelatada. | Indivíduos com mais sintomas depressivos parecem ser mais propensos a experimentar ganhos de autoeficácia. |
Collin et al., 2015 | Reino Unido | Dados de pacientes extraídos do banco de dados de resultados nacionais | Fornecer evidencia de heterogeneidade na síndrome da fadiga crônica | Em ambas as coortes, cada uma das quatro medidas relatadas pelo paciente (fadiga, função física, depressão e autoeficácia) em pacientes com polissintomáticos "cheios" eram indicativos de pior qualidade de vida do que foi relatada por pacientes oligossintomáticos. | Identificou-se fenótipos na síndrome da fadiga crônica que são consistentes com estudos anteriores. |
Nokes et al., 2013 | EUA | Indivíduos com HIV | Desenvolver uma nova ferramenta para avaliar registros de autoeficácia da saúde pessoal. | A subescala foi significativamente correlacionada com as DC e as escalas de autoeficácia do tratamento do HIV como esperado. | São necessárias mais pesquisas para explorar mais a psicometria do instrumento. |
Ell et al., 2016 | EUA | Hispânicos/ latinos com depressão e outras doenças associadas | Melhorar o atendimento ao paciente e o gerenciamento de autocuida e mensurar a autoeficácia. | Grupo intervenção obteve melhor resultado em relação a autoeficácia. | Importância da implementação do cuidado centrado no paciente melhorando a qualidade dos cuidados de saúde. |
Fonte: Elaboração própria (2018).
DISCUSSÃO
A presente revisão sistemática permitiu verificar que poucos estudos foram encontrados desde a busca inicial (36), e apenas 15 estudos atendiam aos critérios de inclusão propostos. O principal critério de inclusão foi ter utilizado a Self-Efficacy for Managing Chronic Disease 6-Item Scale (SEMCD-6) como instrumento para avaliar autoeficácia, seguido pela disponibilidade do texto completo online. Esses dois critérios de inclusão podem ser caracterizados como aspectos limitadores do estudo.
A revisão sistemática de estudos que utilizaram a SEMCD-6 mostrou produções relevantes sobre a temática, conduzidas em diferentes países, como EUA, Reino Unido, China, Canada, África do Sul, Suíça, Alemanha e Austrália. Por meio dos artigos selecionados, também foi possível observar que a SEMCD-6 vem sendo utilizada para avaliar a autoeficácia em diferentes DC, como HIV15,16, câncer de mama17, Parkinson18, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC)19, Insuficiência Cardíaca20, Hipertensão21, Esclerose Sistêmica22, artrite, asma, depressão e Diabetes Mellitus23.
A DC refere-se a condições de saúde de longa duração, em que as taxas de cura são baixas, requerendo adaptação do indivíduo frente as mudanças que surgem em sua vida ao longo do tempo, convivendo com as limitações por vezes impostas pela doença24. Em razão do aumento dos casos de DC e da necessidade do indivíduo em gerenciar sua doença, que por vezes é complexa e desafiadora25, programas que envolvem autogerenciamento são importantes quando se tem em perspectiva cuidados à saúde26. Tais programas podem melhorar o autocuidado dos pacientes e melhorar o gerenciamento de sua condição, como no uso de medicamentos, uso de serviços de saúde, aumento da autoconfiança em realizar suas atividades e comportamentos positivos em relação a DC25. A literatura evidencia que uma maior autoeficácia pode estar relacionada com um melhor desempenho no autocuidado e gerenciamento da DC10,24,27.
O estudo de Willians et al28, mostra que um programa de autogerenciamento pode gerar tendências positivas após quatro meses de intervenção em relação a autoeficácia. Parker et al16, destacam que as mulheres Xhosa com HIV que relatavam dor, apresentavam uma menor autoeficácia e qualidade de vida quando comparadas as com HIV, mas sem dor. Ao comparar grupos com DC e um grupo com Esclerose Sistêmica, percebeu-se que a maioria dos indivíduos com Esclerose Sistêmica relatou menor autoeficácia com relação aos grupos com DC, o que remete a necessidade de intervenções de autocuidado destinadas a esses indivíduos22. Em outro estudo com indivíduos com asma, artrite, depressão, DPOC, insuficiência cardíaca congestiva e diabetes mellitus, que foram recrutados e submetidos a intervenções com objetivo de melhorar a autoeficácia, constataram evidências que os indivíduos com mais sintomas depressivos pareceram ser mais propensos ao ganho de autoeficácia23.
Lorig et al., 200112 desenvolveram a Self-Efficacy for Managing Chronic Disease 6-Item Scale (SEMCD-6) para avalição da autoeficácia na DC. Ela mensura a confiança do indivíduo em relação à sua capacidade de gerenciar ou lidar com dor, sofrimento emocional, fadiga e outros sintomas, além do uso medicamentos, de forma a reduzir o impacto de sua doença e a necessidade de consultar um médico12. O indivíduo é convidado a avaliar se sente seguro para realizar certas tarefas no momento atual. As respostas são classificadas em uma escala numérica, variando de 1 (nada confiante) a 10 (totalmente confiante). A pontuação para a escala é a média de todas as pontuações dos 6 itens. Quanto maior a pontuação, maior a avaliação da autoeficácia1,12.
Nota-se que a SEMCD-6 foi traduzida para diferentes idiomas e culturas. Sua versão original é no idioma inglês12, no entanto, há versões traduzidas também em espanhol1, chinês29, persa30, alemão31, Xhosa (idioma oficial da África do Sul)16 e idioma português brasileiro32. Dentre todas as versões, a versão no idioma português brasileiro é a única que até o momento não foi adaptada culturalmente e validada.
O processo de adaptação transcultural de um instrumento já elaborado apresenta vantagens, já que, na maioria das vezes, os itens que o compõem já foram avaliados quanto a propriedades psicométricas, equivalências e confiabilidade em diferentes culturas33. A adaptação de instrumentos requer, além da tradução ao idioma proposto, adequação as características da população desejada34. Uma escala adaptada culturalmente em diferentes países possibilita a comparação de estudos em nível internacional.
Os estudos que examinaram as propriedades psicométricas da escala mostraram que a SEMCD-6 é um instrumento válido e confiável para avaliar a autoeficácia em indivíduos com DC30,31. Benefícios também foram identificados em relação aos programas de autogerenciamento17,26,28.
Com relação aos programas de autogerenciamento apresentados nos artigos, estes apresentaram impactos positivos, tanto na comunidade como em outros setores de saúde17,28. Esses programas podem gerar aspectos favoráveis e que são observados no enfrentamento da DC, na melhoria do atendimento ao paciente, no autocuidado e aumento da autoeficácia35. Nota-se que programas de autogerenciamento revelaram bons resultados, relacionando uma maior autoeficácia ao comportamento de autogerenciamento e autocuidado20,26, e também identificando quais pacientes necessitariam de um suporte adicional para tal, atendendo necessidades específicas dos pacientes e, assim, favorecer a qualidade dos cuidados à saúde19,22.
Destaca-se também o achado de que o apoio e incentivo da família ou pessoas próximas e profissionais da área da saúde são considerados como fatores importantes no gerenciamento da DC. Além disso, a autoeficácia tem se mostrado um bom preditor de comportamento24.
Nesse sentido, a escala SEMCD-6 pode ser considerada uma ferramenta válida para avaliação da autoeficácia no gerenciamento da doença crônica, podendo ser adotado em contextos de saúde com a finalidade de cuidados e ações em saúde. As ações e cuidados voltados à saúde devem ser integradas e direcionadas para os principais problemas em interesse36. Uma das formas para melhoria dessas ações em saúde e cuidados é através da educação em saúde, envolvendo responsabilidade compartilhada entre os profissionais, sistemas de saúde e pacientes, podendo promover um suporte aos pacientes com doença crônica e melhorando o gerenciamento da mesma36.
CONCLUSÕES
A presente revisão possibilitou identificar que a Self-Efficacy for Managing Chronic Disease 6-Item Scale é um instrumento importante e confiável para avaliar a autoeficácia no gerenciamento de diferentes doenças crônicas.
Observou-se que não há até o presente momento uma versão da escala na língua portuguesa brasileira, o que realça a necessidade de construir instrumentos confiáveis para o contexto brasileiro, auxiliando dessa forma no gerenciamento das DC.